terça-feira, maio 31, 2005

Mais uma das "pérolas" do teu crescimento: "Mãe, quando é que eu cresço?". Mais uma vez fico desarmada, e lá te vou explicando, sem te convencer, que cresces todos os dias, quando dormes, e que fico a ouvir o barulhinho que fazes.

Não satisfeita, viras-me as costas e deixas escapar que querias fazer já quatro anos.

E eu que gostaria que fosses sempre criança!

terça-feira, maio 24, 2005

Hoje escreveste pela primeira vez o teu nome. Com letras gigantes, descoordenadas, mas perceptíveis. Com o "N" a atrapalhar, e o meu coração a bater... depressa. De alegria, de orgulho de tudo. De ti, linda, que cresces todos os dias.

Ai, ai...

domingo, maio 15, 2005

Não tenho tido muita disponibilidade para andar por aqui, mas ainda assim fico feliz por me irem descobrindo. É que assim, lá descobri eu novos amiguinhos. Aqui ficam os links, que já actualizei ali ao lado:

Novo amor

Os seus amores

Sejam felizes!
- Mamã, quero ir dar uma volta de avião. Compras-me um avião?
- Ó filha, a mãe não tem tostão!
- Quando tiveres avisas-me, está bem?

Não faz a coisa por menos.

Quem manda ver o anúncio do avião a entrar na garagem, do euromilhões?!?!? E eu que nem jogo!

Lá fiquei desarmada, para não variar...

domingo, maio 01, 2005

Ontem numa festa que fomos, olhava-te a brincar e pensava. No que a minha vida seria diferente sem a tua presença. No que teriam sido os meus dias sem a tua existência. Talvez fosse ainda uma rapariga normal da minha idade. Como aquela colega de escola que encontrei, que me dizia que nunca me tinha visto tão calma. Eu que era tão rebelde, tão intempestiva. Pouco ponderada, nada reservada.
Diga-se o que se disser, pense-se o que se pensar, a minha identidade mudou desde ti. Sou outra pessoa. Não sei se melhor, ou pior, mas diferente. Não sei ser tua mãe, talvez não te controle como devia fazer. Tantas vezes que me rio dos teus disparates, quando devia apenas corrigi-los. Outras tantas que te deixo não comer a sopa, ficar acordada até mais tarde ou não arrumar os brinquedos. Não para facilitar a minha vida, mas para simplificar a tua.
Mas tenho a certeza de que as mudanças que me vi obrigada a fazer só me trouxeram alegria plena, felicidade extrema. Como amar-te incondicionalmente. Ter o prazer de te ver a sorrir, ouvir-te dizer que gostas de mim, e responder "4", quando te pergunto quanto. Pensar sempre primeiro em ti, para ti, sem me sentir anulada ou indiferente.
Se me voltassem a dizer que ando a perder tanta coisa, volto a soltar uma gargalhada. Estou longe de me sentir a perder alguma coisa. Ganhei-te a ti. Ganhei tudo aquilo que, desde que nasceste, já ninguém me tira. Horas de birra, de choro, de noites mal dormidas. Horas de corridas, de cassetes, de dvd's de desenhos animados, de brincadeiras com o Chico, a Chica e o Chiquinho (que são os meus netos, obviamente), de banhos comuns que se assemelham sempre mais com uma auto-lavagem para carros, de palavras que inventas, outras que dizes sem eu saber onde as ouviste. E daquelos olhos grandes, que fazes quando realmente te sentes feliz. Como quando encontras um parque com baloiços e escorregas.
Porque hoje, apesar de ser dia da mãe, o dia é teu. Afinal foste tu que me proporcionaste esta alegria!