quarta-feira, junho 22, 2005

Sentada ao meu colo, no carro, canto-te uma música da rádio, que adapto como se fosse tua e te canto ao ouvido: "não vou ficar, não quero ficar, sozinha, aqui sem ti". Sossegas da inquietação invulgar que te deu hoje, não sei porquê, e ouves atentamente cada palavra, enquanto cheiro o teu cabelinho suado. A vida, apesar de quase tudo, ainda tem momentos bons...

terça-feira, junho 21, 2005

Ao princípio eras um medo, uma angústia, uma ansiedade, um querer não querendo. Eras uma incerteza, uma incógnita, um saber sem saber nada. Foste crescendo, transformaste-te em ti e a mim...

Cometi tantos erros que vejo e revejo sem saber o que fazer, o que pensar, o que sentir. Apenas com a certeza de que és mais do que eu, mais do que o mundo. Mais do que a vida, que os dias, que o espaço, que o tempo, que o amor. O nosso amor. Mais do que tudo.

Hoje és um porto, uma harmonia, uma paz, uma tranquilidade. Um desejo, uma aprendizagem, uma verdade única, inquestionável e absoluta.

E eu sou tua, princesa... com todas as forças. Um dia, melhor ou pior, hás-de percebê-lo...

domingo, junho 19, 2005

Quando crescer a Helena quer ser: médica, médica dentista, enfermeira e... palhaça! Sem mais comentários...

terça-feira, junho 14, 2005

Uns dias de férias no Algarve como só poderiam ser. Piscina q.b., passeios a pé, algumas compras e calor... muito calor. Na volta trazemos uma gas-qualquer-coisa-trite que nos leva ao hospital, com a doce Helena com 40 de febre. Sem quebrar, sem perder o sorriso. Só com os olhinhos murchos, uma cor mais pálida e menos apetite. Hoje, felizmente, já acordou muito melhor! Já se portou bastante mal e tudo. Enfim (detesto dizer isto), mas é bom sinal!

quinta-feira, junho 09, 2005

Estamos de partida para um fim-de-semana longo no Algarve. Esperamos voltar apenas no Domingo à noite. Isto se a prima Mariana não resolver nascer antes do tempo...

Bom fim-de-semana para todos...

P.S. - Se o Camões soubesse o bem que nos sabe...

sábado, junho 04, 2005

Ontem foi o teu Sarau de Ginástica. Onde se juntam papás e crianças aos montes, numa sala gigante, com um calor insuportável. Onde papás e mamãs, ao contrário de mim, por motivos técnicos, levam telemóveis, máquinas fotográficas, máquinas de filmar, batedeiras eléctricas (tal é o número infindável de instrumentos), e afins.

Estavas excitada. Demasiado excitada. Corrias e gritavas sem parar. Rias às gargalhadas. Abraçavas as tuas amigas. Gritavam juntas. Uma animação apenas comparável à das festas de anos (que são os teus eventos favoritos).

Depois lá foi a vossa vez. Muito atenta, seguias como conseguias os exercícios que o professor indicava. Pequena, no meio de todos, fazias tudo a olhar para mim, a sorrir e a acenar, como que pedindo a minha aprovação, ou o meu orgulho.

Lá se seguiu o percurso dos instrumentos. Lá estavas. Responsável, mas sem fugir aquele instinto de criança. Correste, saltaste, penduraste-te sem medo nas argolas, baloiçaste nas barras, deste cambalhotas, sei lá... Estava embevecida a ver-te, cá em baixo, a registar mentalmente os momentos.

Termina a sessão, batemos palmas, mais uma surpresa. Recebes das mãos do professor uma bola que mostras efusivamente, como que um prémio de esforço. Pego-te na mão e trago-te para casa, no final de apenas e só mais uma aventura.

Está quase a terminar esta etapa. Em Setembro começas na nova escola. Aquela que te mostrei ontem, à qual chamas "a escola dos grandes". Onde espero que te adaptes bem, onde espero que sejas ainda mais feliz...