domingo, julho 31, 2005

À saída de casa do pai, a seguinte "pérola": "Paizinho (sim, o pai tem direito a tratamento VIP), gostei muito de estar aqui"! A criançada lembra-se de dizer cada coisa...

sábado, julho 23, 2005

Foste passar o fim-de-semana ao Porto com a Tia "Tita". Falei agora com ela, choraste muito de noite, porque querias a mamã. Antes de ires, contei-te a história da Saudade. Uma menina que ía brincar para longe mas que levava a mamã no coração. E voltava sempre...

Tu também vais voltar! Amanhã...

domingo, julho 17, 2005

Ao fim de correr duas vezes as listagens, já com um misto de preocupação e de pânico, eis que aparece o teu nome na lista na escolinha. Está confirmado, já é oficial. A tua nova vida começa em meados de Setembro...

quarta-feira, julho 13, 2005

"Mãe, queria ser uma criança normal!" - O que é que isto quererá dizer ?!?!? Não faço a mínima ideia...

quarta-feira, julho 06, 2005

Tinha-te prometido que te levava ao cinema e lá fomos, considerando o teu vício em desenhos animados, que nunca consegui explicar. Pensava que ías ter medo do escuro da sala, que ías estranhar o ambiente, que te ía incomodar o tamanho da tela, e lá te fui preparando (ou assuntando), para o que ías encontrar. De mão dada comigo, viste com atenção cada momento do "Madagascar", num sossego absoluto, enquanto eu dormia profundamente, acordando apenas com as tuas gargalhadas sonoras. Portaste-te muito bem no cinema... eu é que nem por isso!

terça-feira, julho 05, 2005

Não és a super prima, nem a super menina nem nada, por isso hoje a primeira cena de ciúmes. Das que julguei não teres. Mas, orgulhosa, sem dizeres nada, sem falares mal, sem birra. Apenas um ressentimento que se via e se sentia. Um olhar mais vazio, mais triste, mais inseguro. Longe de ti. Eu, que te acho sempre tão superior a tudo e a todos, sem hesitações. Eu que me esqueço que és menina, que tens os teus medos, as tuas angústias, as tuas fragilidades.

Num destes dias na Blogosfera, li algo que não esqueci, não me recordo onde. Um texto tão verdadeiro (que me perdoe a fonte), que me deixou a pensar tanto tempo. Porque, como dizia (por isso as minhas frases não serão originais), gosto de ti por tudo.

Gosto do teu ar, do teu olhar, da tua voz quente. Gosto do teu choro, da tua cara vermelha de raiva, das tuas birras que não compreendo. Do teu cheiro de bebé, ao acabar o banho, do cheiro do teu cabelo suado, do teu queixo arredondado, das tuas feições. Gosto da tua teimosia inexplicável, da tua vontade de permanecer sempre acordada, do teu vício de ver filmes, da alegria com que andas de bicicleta. Gosto dos teus pés gordos, das tuas "safufas" (leia-se bochechas do rabiosque), cheias de banha e celulite. Gosto da tua inteligência, da tua perspicácia, da tua inocência. Gosto da perfeição dos teus defeitos, das tuas zangas comigo, de te dizer não ou sim ou coisa nenhuma. Gosto de te ver dormir, dos teus suspiros, da tua gulodice, dos arranhões dos joelhos. Gosto da tua forma atrapalhada de andar, do correr trôpego, das palavras que inventas, das frases que constróis. Gosto da tua mancha da testa, que tens desde que nasceste, de te ralhar, de te sorrir, de te cantar. Gosto de ti por inteiro, completamente, com tudo de bom ou de mau que me trazes. Porque sim, porque sou mãe. Porque sou a tua mãe, ou porque és simplesmente minha filha.

A prima não veio dividir o meu amor por ti.

sábado, julho 02, 2005

Acordas animada, mais tarde do que o normal, pelo cansaço dos últimos dias. A noite do nascimento da priminha, o primeiro dia de visitas, as viagens para a Maternidade e um jantar longo com amigos perturbaram-te. Saltas para a minha cama com o sorriso de sempre e perguntas-me se a prima vai ficar sempre no Hospital. Depois da ansiedade de vê-la apenas na barriga, mostras-te ansiosa para que regresse...

Um facto é que, mais uma vez, me surpreendes. Passámos nove meses a ouvir dizer e a sentir que ías ter ciúmes, por deixares de ser a (única) menina da casa. A verdade é que passaste 5 horas na Maternidade (quase) sempre a portar-te bem e a observar cada movimento da Mariana. A verdade é que a quiseste pegar ao colo, falas dela a toda a hora, perguntas incessantemente se vai ficar connosco para sempre, se vai gostar de nós sempre. Tu já gostas dela desde sempre... A verdade é que olhas agora para as fotografias dela e dizes em suspiro... tão linda. E de facto é.

Tal como tu, também a mim me apetece ficar sempre com ela. É como que se nos pertencesse, não é filha? Os olhinhos, as bochechas, o queixinho arredondado, as covinhas, o chorinho meigo...

A priminha vai vir para casa entretanto, e depois ainda vamos ficar mais felizes!

sexta-feira, julho 01, 2005

Hoje é um dia especial, mas ainda não sabes. Dormes sossegada, sem imaginar a agitação que foi a nossa noite. A priminha Mariana nasceu! Terminou a tua ansiedade, a tua impaciência. Daqui a umas horas vais poder segurá-la, como eu já fiz. E vais amá-la, desde o primeiro minuto em que a vires, como todos nós.

Agora a Mariana é uma realidade. E mal posso esperar para a tua hora de acordar, para te poder dizer que hoje é o dia dela. E um dia muito feliz para todos nós!