quinta-feira, setembro 29, 2005

A mamã iniciou este blog há um ano, inspirado noutros que foi lendo, num emprego que lhe dava pouco trabalho. No início, a mamã separava nos links as mamãs, as quase mamãs e as mamãs em tentativas. Felizmente, em apenas um ano, algumas histórias menos felizes, foram-se transformando em bebés que cresceram rapidamente nas barriguinhas. E outros hão-de-se seguir...
É inevitável haver preferências. Como em tudo na vida... Há meia dúzia de blogs que a mamã visita com um carinho especial. Uns que já terminaram, outros que continuam, outros que regressaram...
Só para te explicar, filhota, que a internet faz destes milagres. Como tu própria o és. A mamã deu por ela a ler histórias de pessoas que nunca viu, mas que é como se fossem da família. Estranho, não é ? Mas é assim que a mamã sente. Mesmo que esses laços nunca vão além do virtual.
Quando a mamã soube da existência da priminha, ainda minúscula, na barriga da tia, incutiu aos tios este gosto. Como que se fosse um diário moderno, onde rimos, ou por vezes choramos, onde muitas vezes contamos aquilo que não podemos dizer. Porque aqui somos mais livres, mais tolerantes... E damos por nós a comentar a vida de outras pessoas, de outros bebés, de outras famílias, como se fossemos amigos de longa data.
Só para te dizer que num dos blogs do meu início. Num dos blogs que é uma referência. Num dos blogs que deu origem ao teu. Num desses blogs cresce uma ervilhinha pequena. Como a tia disse tão feliz ao telefone.
Parabéns INÊS. Apesar de nunca me teres visto, de não saberes quem sou. Hoje sou apenas mais uma feliz por vocês quatro. Muito feliz...
Apresento-vos... a MULHER ARANHA!

terça-feira, setembro 27, 2005

Filha, uma lição para a vida:

Num gabinete onde há 4 secretárias, só a dos estagiários não tem direito a limpeza!

Beijo da mãe!

P.S. - Serei assim tão pouco importante?
Às vezes, a vaguear pela blogoesfera, vou encontrando outros babyblogs/kidsblogs que me agradam muito.

Espero que as mamãs, bebés, manos, manas, papás... enfim, todos, não se zanguem comigo por tomar a liberdade de "linká-los"!

Hoje descobri, e gostei:

- Histórias da Mamã, da Mafalda, Matilde e dos gémeos Tiago e Tomás que vêm a caminho!
- Morango e Cereja, de um menino, uma menina, uma mamã e um papá!
- Mãe babada, de uma menina e um bebé a caminho!
- Alma de Pai, do pai e do filho!
- Bebé Birras e mamã!
- O filho dela e ela!
- Profissão: mãe de dois rebentos!

A blogoesfera é tão divertida, e há tanto por descobrir, que estou sempre à procura de mais histórias...
Este é um ano especial. Pela primeira vez, no teu aniversário, vamos fazer uma festinha com amigos da escolinha. Já o podia ter feito noutros anos, mas achei sempre que ainda eram todos muito novos, e não dariam tanta importância. Para além disso, na tua escola nova o ambiente já é mais familiar, já conheço grande parte dos pais, e já me sinto mais à vontade para convidar os seus filhotes.
Tenho vontade que tenhas uma festa daquelas como eu e as tias tínhamos. A cheirar a alegria. Só que com palhaços. Ou modeladores de balões. Daqueles que tanto gostas. Já ando a ver preços, a pedir orçamentos. E a avaliar o mercado, parece-me que a solução mais viável é recrutar à força os Palhaço-Tios e as Palhaças-Tias!
Bem... mas o melhor mesmo é começar a fazer um curso de culinária intensivo, já que faço questão de ser eu a fazer os doces e os salgadinhos. Nessa altura até vou estar de "férias forçadas" (tendo em conta que é no intervalo de tempo entre a entrega e a defesa do projecto de fim de curso). Com os meus dotes culinários, o mais certo mesmo é irmos todos acabar ao MacDonnalds!
P.S. - Aceitam-se sugestões (de muito bom grado), de receitas divertidas... e coloridas!

segunda-feira, setembro 26, 2005

Ontem fomos à Bebés&Mamãs. Brincaste até à exaustão, tiraste uma fotografia, comeste uma sopinha.

Saíste com cara de Mulher-Aranha. Mas com brilhantes. Porque és uma super-heroína super feminina...

Tenho que scannar a foto...

sábado, setembro 24, 2005

Dor Maior

21h23. Dormes ao meu lado. Os meus olhos húmidos deixam escorrer as lágrimas. Venceram-me. Uma dor tão grande, tão funda. Acompanhada de falta de ar, falta de palavras, falta de tudo.

Uma dor pequena. Ao pé daquelas da televisão. Uma dor que sendo-o não chega a sê-lo. Dor de raiva, de pena, de nada. Só dor.

Dor das palavras que ouvi um dia, do meu avô querido. Que há quatro anos não sorri como dantes. A dor dele que me disse que não havia nada pior que perder um filho. Hoje acredito mais que nunca. A minha dor semelhante, quando me lembro do meu pai...

2 mortos por dia. Jovens. 5000 famílias por ano que choram os seus filhos. E eu aqui. Uma mãe péssima que tenho sido. Sem paciência, sem tempo, sem energia. Só com amor. Sem mais nada.

Uma dor pequena demais comparada com as que vi. Mas que não passa. E que me tem destruído nos últimos dias. Sem força para nada.

Hoje arranjei uma desculpa para a minha dor. Como seria perder-te?

Dor maior...

sexta-feira, setembro 23, 2005

Por sugestão daqui, lembrei-me da Feira Bebés&Mamãs contigo, o papá e o mano vai fazer três anos!

Trouxemos papas (imensas), fraldas, toalhitas, revistas, biberons... tanta coisa! E fomos passear, que foi o mais importante...

O melhor mesmo foi que havia uma pista de "gatinhanços", onde havia corridas. Alinhaste numa delas, enquanto te chamava no percurso. Ao sinal de partida, todos os bebés gatinharam , mas muitos deles voltavam atrás, entre outras acrobacias. Fizeste a pista toda, confiante, ganhaste a corrida, um brinquedo muito engraçado e eu ganhei uma história para contar...

Se for genético, filhota, desanima-te. A mamã praticou atletismo quando era pequena e ficava sempre em último. O papá... esse... acho que nem sabe correr! O melhor é mesmo dedicares-te à pesca...
Hoje de manhã enquanto te preparava o lanche:

- Mamã: quero um "bilicao". Os meus amigos levam "bilicaos" para a escola!

Enquanto praguejava interiormente com os pais que mandam tais lanches aos filhos, lá te fui explicando que o teu lanche é mais saudável, faz crescer mais e melhor e é igualmente saboroso. Tu... que nunca comeste semelhante coisa em casa!

Não me considero propriamente dona da verdade, nem a mais perfeita das mães, mas há coisas que me parecem um exagero...

quarta-feira, setembro 21, 2005

Como hoje é um dia de "novas organizações", aproveitei para organizar os links dali do lado!

terça-feira, setembro 20, 2005

Tenho alma de pássaro, filha!

O meu pai sempre me ensinou a gostar de viagens, a contemplar destinos longínquos, a cultivar diferenças. Por isso escolhi a profissão que tenho (ou que quero ter, assim me seja permitido)!

No passado não muito distante, aventurei-me em pensar em trabalhar longe daqui. Quando a proposta foi real (e vantajosa a muitos níveis), balanceei vezes sem conta o que fazer e fiquei. Eras muito pequena. Tinha medo de ficar sem ti, de me veres no futuro como má mãe. Adiei o sonho...

Hoje estou desencantada com este mundo, com as pessoas. Desencantada e desesperada para saír. Ou para fugir. Desde que te possa levar comigo. Fugir daquilo que não posso, que me persegue. Fugir ou apenas afastar-me do que me dói. Tanto. Tanto que nem sei explicar.

Lembrei-me que Portugal não é só este rectângulo escondido numa ponta da Europa. Lembrei-me das ilhas. Suficientemente longe, suficientemente perto. Sem a barreira da língua. Onde possas crescer saudável e feliz. Assim Deus mo permita. Se não tentar, nunca vou saber...

Sei só que o que quero é voar para longe...
Hoje, contra todos, fui fazer a esperiência de te por no ballet! O papá diz que és desajeitada, as tias preferem danças modernas. Só eu é que te imaginava vestida de cor-de-rosa, com aqueles fatos que adoro.

Entraste envergonhada, mas logo te ambientaste no palco. A professora foi meiga, tratou-te com carinho e ao fim de três exercícios já estava a perguntar se já tinhas andado na dança. Diz que tens postura...

Fiquei cá em baixo, deliciada a ver-te. Enquanto dançavas e pulavas ao som da música com as outras meninas, como se sempre o tivesse feito.

É a vingança do pai...

segunda-feira, setembro 19, 2005

Fazes falta demais em dias como o de hoje...

Tu, que tinhas sempre as palavras mais sábias, mais sensatas, mais eficazes. Que tomavas as atitudes mais acertivas, mais coerentes, mais pensadas, ou menos impulsivas. Que amavas a vida e as pessoas incondicionalmente, que davas tudo o que tinhas a todos, que te davas por nós. Que me ensinaste a amar, e acreditar, e continuar...

Tu, que não conheceste a Helena, que nunca vais ter o prazer de pegar a Mariana ao colo. Tu, que lhes emprestaste o teu sorriso... Saberias concerteza dizer-me o que precisava de ouvir hoje. Como sempre fizeste... Farias tudo diferente do que fiz!

Hoje, mais do que nunca. Talvez sendo egoísta. Hoje precisava de ti...
A "escola-pré", como lhe chamas, foi apenas mais uma surpresa boa na tua vida. Com ansiedade, acordaste naquele dia mais feliz do que nunca. Querias ir depressa, querias vestir-te depressa, arranjar o lanchinho depressa.

À chegada, um espaço novo, novos amigos, outros que já conhecias daqui da rua, dos tempos livres ou até do antigo infantário. Uma vontade contida tua de viver tudo depressa, com um nervoso miudinho à mistura. Uma mão suadinha que não largava a minha...

Deixo-te ir à vontade, sem te pressionar. Entras e começa tudo de novo. Feliz, voltas atrás, abraças-me e dás-me um beijo.

Sempre soube que ías ficar bem...

quarta-feira, setembro 14, 2005

Amanhã começa a pré-escola. Sem stress, sem birrras... naturalmente. Um processo de mentalização meu e teu de que a vida muda, devagar. Algo a que já estás habituada e a que te adaptas facilmente.

Não sei se o deva ou não lamentar, facto é que foste para o Infantário com 7 meses. Comigo a arranjar desculpas sucessivas para não te deixar. Sociável, como sempre foste, em quase quatro anos, contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que ficaste a chorar por mim. E tantas vezes que, distraída cõm os teus amigos, não querias voltar. Ainda hoje, enquanto te deixava nos Tempos Livres, me pediste para te ir buscar às 5h30, porque querias brincar no "salame" (salão). Como se soubesses as horas...

As crianças e as professoras são para ti um estímulo. Adoras brincar, conversar, tens desejo de aprender. E amanhã é apenas o início de mais uma etapa da tua aprendizagem. Longa e feliz... assim o espero!

terça-feira, setembro 13, 2005

Desde antes de ontem, que comprei os novos chinelos e touca para a piscina que não falas noutra coisa.

Assim que chegas a casa descalças as sapatinhas, e é ver-te com os chinelos novos e de touca na cabeça até à hora de dormir.

- Mãe, os chinelos novos são da "nite"?

Sem mais comentários... (são da Speedo)!

segunda-feira, setembro 12, 2005

De vez em quando vamos descobrindo (e sendo descobertas), por novos amiguinhos. Os novos links vão sendo acrescentado alí ao lado!
Hoje o "avô velho" fez aninhos... 70 e muitos. O avô com o qual cresci, que me deu colo, a quem eu "roubava" a carteira cheia de tostões para os rebuçados. O meu avô mais que tudo...

Fomos a casa dele com um bolo improvisado e uma prendinha. Recebeu-nos com um sorriso. E lá nos foi dizendo que a melhor prenda que recebeu foi o nascimento da bisneta, no sábado passado. Contigo e com a prima Mariana, a Ana Carolina é a terceira! Todas tão lindas, como ele diz...

Agora deitei-te. Eram 21h15, quis fazer a experiência, sem falsas esperanças. A verdade é que adormeceste profundamente ao fim de 15 minutos. Sem guerras, sem brigas...

A nova escola é um milagre!

domingo, setembro 11, 2005

Ontem na missa:

- Felizes os convidados para a ceia do Senhor. (Diz o padre, obviamente)
(Silêncio na Igreja, e a tu, em tom audível a 2 km's):
- Ó mãe, quem são os convidad0s?

(E a missa era uma festa)...

Decididamente, esta criança tem que começar a assistir à Eucaristia Dominical...

sábado, setembro 10, 2005







Serviço de lavagem "auto-mão-tica"...

A Helena e o mano vão montar uma empresa no futuro...
Hoje já está a ser um dia cheio!

Depois deste desenho...


... a mamã conseguiu finalmente (e ao fim de muitos e longos anos), fazer um doce sem ser de colher. Uma TORTA DE CENOURA! (Passando a explicar, os meus bolos assemelham-se sempre a queijos)! Aqui fica a prova, para as mentes mais descrentes:

Depois (e para terminar, por agora), resolveste brindar-nos com uma sessão de pesca em alto mar. Sim... porque em casa do pai existem barcos nos sítios mais incríveis....


E o dia ainda mal começou...


quinta-feira, setembro 08, 2005

Mais um diálogo fantástico no regresso a casa:

-Mãe... quero domir dentro de um armário. (risos)
-Mãe, quero dormir dentro do frigorífico, para ter muito frio.
-Mãe, quero dormir no "mico-ondas", para ficar muito quentinha.
- Filha, não podes dormir no micro-ondas, porque senão morres queimada (trágica, sempre a pensar na segurança).
- Mãe, mas a comida não morre queimada. (como é que eu já estava a imaginar que ías dizer isto...)
- A comida não está viva, respondo.
- Eu como comida viva.
- Não comes nada. Quando comes os bichos, eles já estão mortos. Se estivessem vivos, mordiam-te a língua.
- Mãe, quero comer bichos vivos. Diz lá um bicho vivo que me morda a língua..
Entro na brincadeira:
- Hummmmm... um peixe.
Tu, indignada:
- Ó mãe, os peixes não têm dentes, só os "tumarões" é que têm...

Lá levei eu mais uma lição de biologia... e marítima!

terça-feira, setembro 06, 2005

Hoje, como sempre, fui buscar-te à escola à mesma hora. Chego e aguardo enquanto te chamam. Vidrados em mim, uns olhos tímidos, grandes, tipo faróis. Era um menino pequeno, talvez mais do que tu, que ía à casa-de-banho com a educadora. Lá dentro, ouço-o perguntar quem sou. "É a mamã da Maria", responde a educadora. Os olhos enormes abriram-se mais para mim, ao rever-me, num misto de vergonha e felicidade...É-me explicado que os grandes olhos estão perdidos de amor por ti. Aquele menino, tão pequeno, quer estar contigo, almoçar ao pé de ti, lanchar ao teu lado. Está apaixonado.

Fico enternecida. O amor pode ser tão simples mas tão doce, e aparece de várias formas, de muitos sentidos, em todos os lugares, em todas as idades. Aquele amor descomprometido, honesto, sentido... que vi no brilho daqueles olhos lindos...

Sou tua mãe, devia saber tudo, mas sei sempre tão pouco. Eu, que já te amo tanto, de tantas formas e cores, quando é que ía imaginar que, num destes dias, iria descobrir de novo o amor ?

segunda-feira, setembro 05, 2005

Hoje contavas uma história estranha a caminho da escola.

Havia uma galinha (como se a coisa mais normal do mundo fosse haver galinhas na escola, mas enfim), que picava tanto os pintaínhos... tanto, tanto, tanto, que eles ficaram todos, todos "morridinhos", afogados e tudo. Depois chegou um menino e acordou-os.

Sem mais nada...

.

No teu primeiro dia de escola vinhas cansada e feliz. Cheia de coisas novas para contar, numa ansiedade que não conténs. Novos amigos, novas professoras, novo espaço, novo estilo de vida.

Não parava de te fazer perguntas, o que te aborrecia, para não perder nada de ti.

Chegaste a casa, com tanta coisa nova, e adormeceste... sem mais nada!