quinta-feira, março 29, 2007

Pesadelos

Esta já não é a idade dos pesadelos, mas numa destas noites foi inevitável. A meio da noite (agora sempre de luz apagada, e sem televisão ligada... o medo do escuro foi superado), aparece na minha cama a dizer que tinha tido um pesadelo.
Conforme indicações médicas anteriores, conversei com ela, não dei muita importância, e tentei que dormisse novamente, o que só aconteceu uma hora depois. Quando acordámos lembrava-se perfeitamente de tudo, e lá me foi explicando que tinha sonhado com um dinossauro que comia a avó.
Há dinossauros muita malucos...

terça-feira, março 27, 2007

Mais simples se aprendessemos com os erros que não cometemos, com as pessoas que não amámos, com as perdas que não sofremos. Muito mais fácil seguirmos o nosso caminho imunes às nossas próprias fragilidades, longe das desilusões e das crenças inimagináveis.

Vira-se uma página, e hoje o dia termina como começou...

domingo, março 25, 2007

Talvez...

...ninguém entenda o fascínio que tenho desde sempre por aeroportos. Mais uma das minhas manias estranhas. A velha máxima de que proporcionam reencontros entre as pessoas. Quando a crueldade de uma despedida é apenas um mero "até já". Ou a emoção e a ansiedade de esperar por alguém de quem se tem tantas saudades. Talvez uma mera e simples associação a um defeito ou efeito profissional. As viagens.
E eu aqui, tão longe, a pensar em férias...

sábado, março 24, 2007

Sexta feira...

... dia de folga. Tempo para descansar. Como noutra sexta-feira qualquer pego no carro e vou buscar a princesa à escola. Em cima das 15h30, porque os petizes se atrasam sempre à hora de beber o leite. Caminho normal, com uma diferença. Num cruzamento à minha direita (que sei que tem STOP), vejo um carro que não pára. Numa fracção de segundos. Bate-me do lado direito e projecta-me o carro contra a parede de uma casa do outro lado da estrada. Noutra fracção de segundos, fico em pânico. Montes de gente à minha volta, eu sem conseguir respirar, ou reagir. Tudo aos gritos, uma mulher a bater-me com força no braço a dizer-me para me acalmar (noções populares de socorrismo, concerteza). E ou senhor a gritar para trazerem as luvas. As luvas? Lembro-me de me doer a cabeça, de por a mão na cabeça, de tentar perceber se tinha sangue em algum lado através do retrovisor. De sentir apenas uma dor forte, e um galo enorme! Depois de meia dúzia de telefonemas, lá preenchemos a declaração amigável, onde o rapazito se dava como culpado (quem mandou não parar num STOP?), e fui tratar das burocracias. O meu Fiat Punto, amigo de tantos anos e tantas viagens foi quem ficou mais mal tratado, coitado! Talvez nem tenha remédio...
Depois de tudo, e com a dor de cabeça a manter-se, e um estado de quase adormecimento geral, lá fui ao Hospital. Entre um exame neurológico, meia dúzia de palpadelas e dois raio x, vim com a indicação de que tenho que fazer repouso. Nada de especial! O médico (que cheirava maravilhosamente, e era todo giraço), a gozar com a minha cabeça (dizia que parecia de criança), e a mostrar-me a minha mais recente aquisição dentária! Um must...

quinta-feira, março 22, 2007

City of Angels

Sem saber exactamente quando, o amor começa num qualquer momento. Longe de ter a resposta correcta à tua pergunta, naquele dia! Apenas com a certeza de que a tua presença se tornou essencial, e inquestionável. Que a tua voz me acalma, com a tua capacidade intrínseca de me fazer sorrir! Fazes-me falta...

Na vida, como nos filmes. Nem sempre os finais são felizes! E ficando ou não juntos, qualquer que seja o nosso futuro, onde quer que estejamos. A única certeza. Conhecer-te já tem sido bom demais...

Do Carnaval...



...na escola, ficam as memórias em imagem! E o sorriso mais lindo que alguma vez conheci...

...




quarta-feira, março 21, 2007

Apesar de tudo...





Estar aqui valeu pela vida! O meu fim-de-semana por (poucas) imagens. Não tantas quanto as memórias, e as saudades... Lembras-te da música na ponte?

A distância...

... entre a felicidade e a descrença é tão ténue!

terça-feira, março 20, 2007

Dentição

Não da princesa, mas minha! Espantem-se os descrentes... tenho dois novos dentes a nascer (e tenho 26 anos, ok?)!

Recordo-me...

... de ti, vezes sem conta, todos os dias. Se parecer exagero, digo apenas que é verdade. Talvez por teres sido apenas e só a presença mais forte da minha existência. Talvez por teres feito a tal viagem, cedo demais... quando ainda tinha tanto para te dizer e para viver contigo! Quando deveríamos ter passado juntos anos e anos de memórias, e histórias, e estórias.
Recordo-me do teu sorriso aberto. Da tua voz meiga, das tuas mãos grandes. Não tanto como o teu coração. Do quanto éramos felizes contigo, os cinco. Antes de Deus te levar. Cedo demais...
Recordo-me das viagens que fizémos, do que nos deste a conhecer, do que nos proporcionaste, dos valores que me incutiste. Das tuas gargalhadas, da nossa casa cheia de amigos. Do respeito que te tinha em pequena, que se tornou em admiração quando cresci.
Hoje, apenas mais um pouco. Só um pouquinho mais. De saudades. E de orgulho, e felicidade, por te ter conhecido e te ter merecido. Por seres meu guia, e a minha estrela, a minha vida. Porque a vida, com a tua distância é mais triste. Mas a tristeza não supera a alegria de seres tu... e seres meu Pai. Feliz dia...

segunda-feira, março 19, 2007

Fim-de-semana...

Talvez pareça insensato às mães, como eu, deixá-la com o pai, e ir para o Algarve, a mil. Quando precisava de me encontrar. De te encontrar. Por entre a ansiedade, as conversas, os momentos. Nós. Por entre uma noite atribulada. Apenas a primeira. Acordar contigo. A sensação de te conhecer há séculos, saber tão pouco de ti, e querer saber tanto mais.

Guardo o melhor. Meia dúzia de lugares comuns, que contigo pareceram sempre únicos. O sabor das horas a passar, sem o sentir. Entre as cores e o calor que contigo parecem sempre bons demais. As certezas de nos querer assim. Se não para sempre, até um dia. Porque agora somos nós. Apesar de tudo...

Não sei se te disse. Mas se sobrevivemos a este fim-de-semana, talvez consigamos sobreviver a tudo! E de ti não espero outra coisa, para além do que tive... carinho, compreensão, a tua presença. Sentir-te sempre aqui, mesmo que o não estejas. Porque onde estás parece sempre longe demais...

E a filhota, sempre alegre, lá me foi dizendo que longe de mim passou um dos dias mais felizes da vida... mérito das tias!

quinta-feira, março 15, 2007

Fim de semana prolongado...

... com o pai. A princesa regressa no dia Dele!

É oficial...

... a princesinha precisa de usar óculos!

(A miopia é da mãe, o mau feitio do pai)!

quarta-feira, março 14, 2007

Conversas no carro...

A caminho da escola:
-Filha, já fizeste o presente do dia do Pai?
- Já.
- Ter pai é muito bom, não é filha? (Eu, a divagar).
- É mãe.
- Porque é que ter pai é bom?
- (Resposta tipo coro de escola) Porque se não tivessemos pai não nascíamos. O pai é que põe a semente. Ó mãe, onde é que o pai tem a semente?
- (Ahhhh...) Pois filha, ter pai é bom para passear, ir ao café, dar doces, correr, andar de bicicleta (eu a desconversar)!
Era suposto eu estar preparada para isto ???

terça-feira, março 13, 2007

Coisas de gaja...

Os serões aqui de casa têm sido assim. A fazer coisas de gaja. Com a mana Rita (paciente), a tentar ensinar-me aquilo que as gajas fazem para se porem jeitosas (não está a resultar, garanto-vos...)!
Mulher sofre...

segunda-feira, março 12, 2007

Custa a acreditar...

... mas no próximo fim-de-semana vou estar aqui!

Por enquanto limito-me a contar os segundos que faltam!

Contrastante...

... com o calor da rua. O meu estado de espírito hoje. Começar (apenas) mais um dia de trabalho frustrada, com a sensação de que ninguém respeita o que faço. Uma tarde que não acaba, e que culmina com mais uma infinita discussão telefónica. Quando já não há respeito, nem carinho, nem compreensão. O meu esforço mais que humano para ser civilizada. No meu limite.
A Helena que chega. Alegre. Que me conta as aventuras do fim-de-semana. Alguns minutos bem aproveitados. Poucos, é certo. Os possíveis.
Uma passagem breve por sítios alheios... suficiente para o dia terminar como começou...

sábado, março 10, 2007

Em meses...

... a nossa vida transforma-se! Numa mudança breve pelos vossos cantinhos (mutação do blogger à qual resisti até à última oportunidade), deparo-me com a nostalgia das portas que se vão fechando. Fui-me habituando, ao longo dos já quase 3 anos deste blog, a ver partir pessoas que assumia como que fizessem parte da minha vida. Deparo-me com bebés cuja confirmação de gravidez me recordo, que têm já por esta altura dois anos, sei lá. Vejo alegremente a chegada de segundos filhos, viagens, alegrias, lágrimas. Que não tenho acompanhado convenientemente nos últimos meses. Apercebendo-me que já passou tanto tempo desde a última vez que tive oportunidade de comentar um blog, como gostava tanto...
Depois a ausência de pedaços da vida da Helena. Nem tempo para ela tenho tido. Nunca tendo sido uma mãe exemplar. Hoje sou pior. Na esperança de que seja uma fase, na certeza de que há-de crescer feliz, como sempre. Que a sua alegria e espontaniedade me fazem feliz a mim. Com saudades nas suas partidas. Quando não me sinto capaz de vivê-la como merece. Com os abraços fortes à chegada, quando lhe aconchego o sono.
Em meses muda tudo. Em dias. Com a confirmação de que viramos uma página. Apenas mais uma. Nos libertamos do passado, e acolhemos com um sorriso a incerteza de uma vida nova. Volto a sentir-me viva. Com as respectivas vantagens e dores. Mais um passo em frente. Apenas mais um. Mas vale tanto a pena viver esta insegurança...

domingo, março 04, 2007

Serviu...

Acabei de vestir umas calças que não me serviam há meses...

quinta-feira, março 01, 2007

Great Expectations

Quem me conhece sabe que detesto as Passagens de Ano. Talvez por não ter grandes recordações dos últimos anos.

Esta que passou, quase que me recusei a festejar. Estava depressiva... a ver todos à minha volta felizes, e eu apenas feliz por eles! A tentar sentir-me bem, pela Helena. Sem conseguir. Lembro-me exactamente do que senti naquela noite. Prometendo-me a mim própria que não havia desejos, nem passas. Apenas uma noite como todas as outras, sem grandes expectativas. A meio da noite, uma mensagem que ainda me deixou mais arreliada.
Hoje, a todos os níveis, sinto que a vida me pregou mais uma partida. Aos poucos, vou dando pequenos passos, e sabe tão bem...