quinta-feira, maio 31, 2007

O que eu...

... não estava preparada para ouvir:

- Mãe, amanhã é dia da criança. Podemos saír à noite?

(Como????)

quarta-feira, maio 30, 2007

Aqui e Agora

"Sabes, às vezes sinto que gostavas de apagar para sempre todos os traços do meu passado como se não tivessem existido (...) Sei que o meu passado te pesa cada vez que o presente o resgata em telefonemas rápidos e cordiais que vou recebendo de vez em quando de outras mulheres que já passaram pela minha vida e com quem criei esse laço raro (...) Cada vez que conjugo verbos no pretérito perfeito tu ouves no imperfeito ou no condicional, como se as quisesses trazer de volta e sentá-las à nossa mesa a jantar connosco (...) Mas vocês não percebem isto nos homens; chamam-nos predores, animais, insensíveis, como se não tivéssemos nem honra nem princípios nem coração e é mesmo difícil explicar-te que cada vez que mandamos um ramo de flores ou soltamos palavras de amor não estamos a jogar nenhum jogo preverso, mas apenas à procura de alguma coisa que não descobrimos a maior parte das vezes. Nenhum homem quer magoar uma mulher (...) O que damos é o que temos de melhor, sem pensar porquê nem como, nem até quando. Mas vocês não, têm sempre que questionar tudo, inventar segredos e intenções em cada movimento que fazemos, exagerar as nossas fraquezas e brincar às mães redentoras. É difícil dizer-te que se me fazes ter vontade de ser todos os dias uma pessoa melhor, é porque assim o quero e não porque decidiste salvar-me (...) O que conta é o que vivo contigo, aqui e agora, que a pureza de sentir é não ter de pensar e que amanhã ficarei triste se partires e feliz se ainda me quiseres guardar, por isso esquece o passado e não temas o futuro, porque tudo e nada está nas nossas mãos e é por isso que para nós o amor é uma coisa fácil, simples e transparente. Ou se ama ou não se ama e se eu sinto que te amo sem ter de pensar se é verdade ou não é porque deve ser mesmo, não achas?"
Artista de Circo, Margarida Rebelo Pinto

Ajuda Urgente

Preciso de falar com alguém de Braga, ou que conheça bem aquela zona! É que tenho um cunhado que vai gozar comigo até eu conseguir provar uma coisa que lhe contei hoje...
Procuram-se mentes iluminadas e caridosas, que me afastem da tortura, que aposto que vai ser diária...

Notas mentais

A Helena cresce saudável e feliz, indiferente à guerra que vou travar durante muito tempo. Não considero que o caminho que tomei seja o correcto, mas era o único. Quem conhece a minha realidade, quem conviveu comigo de perto nos últimos tempos, entende-me perfeitamente.

Não sou é um lobo vestido com pele de cordeiro, como lhe conto nas histórias. Tenho as minhas imperfeições, as minhas falhas, as minhas ausências, os meus problemas. Assumo e assumi naquela sala gelada os erros que cometi. Como me defendi, o que fiz! Posso ter vergonha, mas não me arrependo!
A velha história repete-se, as moedas têm dois lados! Mas nunca ninguém vai poder negar o que eu vivi, e continuo a viver todos os dias...

Toneladas de Riso

Isto continua a merecer a minha melhor publicidade!

30 de Maio

A pensar no que havia de te dizer hoje. Sem saber se onde estás há computadores, e me podes ler. A acreditar no que a Helena me diz vezes sem conta. No céu, olhas por nós, e sorris!

Há um ano, estava longe de acreditar que ía ser assim! Para mim era mais um dia da tua recuperação. Rapidamente ías estar em casa, cedo íamos comemorar o teu dia. Reli há uns dias o passar dos meses, a gestão das expectativas. Para que saibas que permaneces vivo nos meus dias. Longe das diferenças, faz-me rir recordar-me do quanto eramos saudavelmente amigos. Com a tua característica dose de altivez e de calma. Com o teu gosto intenso pelas coisas boas da vida. Tenho saudades dos fins-de-semana passados cá em casa, ou das férias. Do quanto fazíamos questão de te arreliar. Com a comida e com o Benfica. Com as frases que te apanhámos, e que utilizávamos vezes sem conta para mais um despique.
Às vezes oiço o eco da tua voz, a dizer-me quantas pontes tem o Porto. E que não vives no Norte. E que a República Dominicana é para aproveitar. E que o Petit é um jogador disciplinado...
Permanece a dor da tua ausência, à mistura com o privilégio infindável de nos termos cruzado contigo! Onde quer que estejas, recebe um beijo nosso, de Parabéns, neste dia 30!

terça-feira, maio 29, 2007

A Carta

6 de Junho, às 14h30.
Sem caminho de volta. Sem arrependimentos, ou sentimentos de culpa. A necessidade de procurar a paz e a verdade. A precisar tanto, mas tanto, de uma mão amiga, de um ombro, ou de alguma coisa que me seque as lágrimas.
A partir daqui, nada será como dantes...

Quando...

... estou irritada, nada a fazer! Ponto. Irritou-me a tua voz dengosa ao telefone, irritei-me no trabalho, porque anda uma parva de uma miúda que não sabe estar em parte nenhuma a armar-se em engraçada. Irritou-me a cria quando cheguei a casa, que não sei o que lhe deu desde que veio de casa do pai! Vem respondona, desobediente e a roçar o mal educada. E se há coisas que eu detesto, uma delas é ter que dizer a mesma coisa mais do que uma vez...

segunda-feira, maio 28, 2007

Borboletas na barriga

Ao fim de uns meses, a mesma sensação. Hoje de manhã! Fiquei arrepiada o dia inteiro. Valeu por dias e dias de desencontros, e faltas, e desentendimentos. Valeu por vidas. Valeu por me fazeres corar, ou desconversar! Valeu por te sentir realmente tu, no teu melhor.

As palavras a ecoar na minha cabeça. Eu a sorrir. E as borboletas que não páram sossegadas...

Se alguma vez...



... eu tiver a tentação de ter mais alguma cria, hei-de concerteza lembrar-me das horas idílicas passadas entre primas. A terrível Helena, e a indomável Mariana!

SJ

Sem ter outra maneira de te contactar, confesso que fiquei reticente. Sem saber que parte da história temos em comum, sequer que outro blog lês, e se está ou não relacionado comigo! Suponho que sim! Qualquer coisa, em verangelico@yahoo.com .

Por vezes...

...penso nos nossos dias e lembro-me de meia dúzia de momentos chave. Lembro-me desta imagem. Lembro-me da música repetitiva e do calor. Lembro-me porque estava meia zangada contigo. De estar sentada no carro, enquanto estavas na rua. Lembro-me de cada palavra da mensagem que me mandaste! Uma das mil que ainda guardo...
Às vezes apetece-me pedir-te que me entendas, e que me desculpes. Porque nem sempre ouvimos a mesma música repetitiva. Nem sempre nos conseguimos entender como nestes dias. Apetece-me pedir-te que fiques a olhar para mim, a meia dúzia de metros. Porque mesmo a essa distância eu consigo saber onde estás! Às vezes apetecia-me só entender quem és. Ou o que procuras. E se aquilo que falamos meio a sério, meio a brincar, é tão sério como eu imagino!
Porque infelizmente a vida não é feita de fins-de-semana só nossos! Nunca vai ser assim. Nunca nada mais será como em Tavira. Nunca me vais obrigar a andar naquele barco estranho, ou abraçada a ti, ou do teu lado direito. Não consigo! E talvez eu nunca te consiga obrigar a cortar um pouco das asas que te fazem voar neste momento, para tão longe!
Nunca sei em que acreditar! A nossa relação tem sido feita de momentos alternados. Temos sido sempre capazes do melhor e do pior. Dou por mim a ficar silenciosamente furiosa, ou declaradamente feliz! Sem meio termo. E com saudades. Do que fomos, do que somos. De tudo aquilo que ainda podemos vir a ser...

Há dias...

...em que não sei ser tua mãe, nem como reagir! Talvez seja demasiado impaciente, ou inexperiente. Como se 5 anos e meio não fossem nada! Porque já és crescida, mas fazes coisas estranhas. De criança, talvez.
Hoje vinhas cansada. A minha eterna guerra do fim-de-semana de tentar obrigar-vos a cumprirem criteriosamente os horários. A minha luta em vão. Vinhas com olheiras, esgotada! Chegas a casa e nem dou pela tua presença, ou ausência. 10 minutos depois lembro-me que me esqueci de ti. Procuro-te pela casa. Não encontro o teu barulho característico. Chego ao quarto e lá estás, encolhida na cama, a pedir-me para te deixar dormir! E eu digo que deixo. Sem jantar, sem nada. Não fosse a tia desencaminhar-te para um festejo de um caneco que ainda por cima é de barro, e dormias o sono dos justos, talvez até amanhã.
E lá andas a aproveitar o que tem de bom ter duas famílias separadas! A aproveitar o facto de passares tão pouco tempo com o pai, para fazeres o que queres. Num sítio onde a vida te é mais facilitada, onde há amigos para brincar na casa ao lado, um café na esquina, e dois manos duas portas acima! Aqui aproveitas as minhas saudades! Na dificuldade que disfarço em deixar-te ir, dois dias inteiros! No que entendo que não consigo acompanhar o teu ritmo, e as tuas necessidades.
Fazes-me uma birra e eu estranho! Já não é costume. Sou mais explosiva, a reagir como provavelmente não devia. Sem conhecer exactamente os limites do rigor! Lutas contra o sono, que já te venceu há horas. E choras de uma maneira incontrolável. Acabo por ceder, e adormeces agarrada à minha mão. Como se também sentisses a minha falta no sono...

Hummmmppfffff!

A taça é de barro!

domingo, maio 27, 2007

Hoje...

... contigo ao telefone. Calma, a ferver por dentro! Como tenho aprendido, furiosa, mas a medir as palavras! Para não dizer nada de que me arrependa mais tarde! Ou para evitar uma discussão desnecessária. Lá vou dizendo, de outra maneira, aquilo que penso (aqui posso dizer que me apetecia apertar-te o pescoço, tendo em conta que já não me lês)!
Estranhamente, continuo a sentir-me vazia!

sábado, maio 26, 2007

Tarde...

... talvez demais! Tinha tantas coisas para te dizer. Hoje é Sábado. Saio contra vontade, quando não faz exactamente muito sentido! O telemóvel ao lado, à espera que toque. Às vezes não me reconheço. Nos meus ideais de mulher independente, as fragilidades! Fora do que sinto, apetece-me ser espontânea, chatear-me a sério contigo! Fazer birra, contra o que prometi. Temos quebrado tantas promessas...
Prendo-me a medo à esperança de que tudo na vida tem uma solução. Já a adivinhar que a nossa há-se ser breve! Ninguém vive assim durante muito tempo. Porque é Sábado, e como noutros dias devias estar ao meu lado.
Porque da minha parte, eu estou aqui...

Sozinha...

... e de folga! Pela primeira vez em muitos dias (já não me lembro exactamente da ultima), acordei espontaneamente às 10 da manhã!
Com este tempo nem sequer apetece saír de casa. Sei que a Helena está a divirtir-se com o pai e com os manos, eu estou sem a possibilidade real de estar com quem quero. No meio da última conversa, lá vamos falando de perspectivas e de realidades hipotéticas. Afinal, ao fim de algum tempo, há-de haver uma qualquer solução!
Talvez aproveite para ler mais, para ir ao cinema, ou só para dormir! Amanhã recomeça mais uma semana de trabalho...

sexta-feira, maio 25, 2007

Hoje...

... apetecia-me, porque sim, ficar a dormir a manhã toda! Mas não podia. E por isso, fui à Farmácia, à Junta de Freguesia, à Escola Primária, à Pré-Escola, trabalhei duas horas, fui às Finanças e à Segurança Social!
Num destes dias, acabam as folgas e eu começo a semana mais cansada do que terminei!

quinta-feira, maio 24, 2007

De sempre...

Uma melodia que me entra nos ouvidos, e não me sai da cabeça. Com a respectiva quantidade de tristeza, ou nostalgia. Que me relembra as nossas limitações, perante a vida, perante as pessoas, perante as relações!

Com uma analogia... estaremos a passar exactamente agora pela chuva de Novembro... talvez os dias de Inverno se prolonguem ainda por muito mais tempo. Mais do que aquele que desejava! Cabe-nos exclusivamente a responsabilidade de manter a chama da vela acesa, pelo menos enquanto durar a chuva. Porque há sempre um dia em que chega a Primavera!

Ao jantar...

... no fim de um prato de sopa, uma quantidade exagerada para o costume de massa com carne, e uma peça de fruta.
- Mãe, vou crescer tanto, que vou chegar ao céu. Esta casa não vai chegar para mim, vou fazer uma maior!
(Não consegui perceber se vai ser trolha ou engenheira. Se optar pela segunda hipótese, tenho que comprar rapidamente um aparelho de fax! Será que alguém me pode despedir por ter dito isto???)

I'm a good girl!

48 horas depois, nem uma birra, um lamento, ou uma discussão! Eu disse que ía ser fácil, tu dizes-me meio-a-sério-meio-a-brincar que me portei bem! Já chega, ok? Convém que não te habitues mal...

quarta-feira, maio 23, 2007

A poucos dias...

... ainda que incertos do nosso tempo! Das nossas vidas. Das viagens! Sempre a fazer planos, a imaginar lugares. Quando ainda está quase tudo por fazer, ou por descobrir. Quando a vida se desdobra vagarosamente à nossa frente. Falamos meia dúzia de minutos, nunca chegamos a um consenso. As ideias atropelam-se. Tudo o que queríamos fazer juntos.
A conclusão óbvia. Seja onde for, desde que seja...

As primeiras 24 horas...

... foram fáceis de superar! Venham mais 24 e posso voltar ao meu melhor, com direito a estatuto de bicho mau!

Por mais...





















... que a vida, tantas vezes, me pareça triste! Há imagens que me fazem ter a certeza de que estou errada!

És linda, linda, minha filha...

Sexta feira...

... a necessária inscrição na nova escola. Já tem declaração médica, vacinas em dia. Com Bilhete de Identidade, cartão de saúde, declaração da Junta de Freguesia (o registo criminal ainda não é requisito essencial), lá vou voltar. À escola onde eu e as minhas irmãs andámos. Sem lá voltar há anos, as lembranças exactamente presentes, e precisas. O cheiro do chão de madeira, o ranger das escadas, a sala luminosa, o quadro de giz, a pequena arrecadação, e a voz da Elisa, agora reformada.
17 anos depois... como serão as recordações?

terça-feira, maio 22, 2007

17 ou 18

A sentir, desde cedo, que não sei nada. Contigo, as minhas principais descobertas, ou as vitórias iniciais! Nada que se compare com absolutamente nada, até hoje. Como que se aprendesse a amar contigo, ou como se nunca tivesse amado suficientemente! Sem negar o passado, que nem tenho a pretensão de esquecer. Passou e não volta. Ponto.
Sou a mesma pessoa de sempre, como me viste hoje, como talvez nunca tenhas estado tão perto. Continuo a achar que vale a pena viver tudo. Que assim vai ser a nossa aprendizagem comum. E que temos que ter forças em dobro, para superar os dias que se avizinham!
Nas tuas diferenças, nas minhas fragilidades, este sentimento. Sem lugar comum, é mesmo assim. Quero estar contigo nos dias felizes, e naqueles que me apetece gritar de raiva. Quero que estejas comigo nos sorrisos, e nas perdas. Quero sentir ciúmes, zangar-me contigo sem motivo, fazer-te mil perguntas, responder às tuas com evasivas. Quero viver, ou acreditar. Simplesmente.
Porque nunca vamos exactamente chegar a um acordo. Como em tudo! A vida é tão dúbia quanto os dias. Quando começa ao certo um dia? Antes ou depois do amanhecer? Longe dos protocolos, dos horários, ou dos calendários! Qual será exactamente o dia para recordar?

"Vem, faz-me sorrir, faz-me chorar
Faz-me perder, faz-me ganhar
Faz-me morrer, faz-me viver
Traz-me o amanhecer
Faz-me querer sem duvidar
Faz-me mentir, faz-me jurar
Faz-me o que queres, mas por favor
Faz-me acreditar no amor."

Nota Mental

Terça-Feira, 22 de Maio de 2007. Sensivelmente 21h45, minha hora! Sem falsas promessas, de relações tanto idílicas como irreais, ou surreais! Apenas a vida como ela é! Posso tentar... pelo menos até ao dia 24, à mesma hora, conforme disseste!
A partir daí solto as garras (risos)!
E eu, contigo, a aprender a ser mais feliz!

segunda-feira, maio 21, 2007

Sem explicação...

... e apesar de desde muito cedo me lembrar de uma linguagem quase perfeita, há palavras que perduram no teu vocabulário, há cinco anos e meio (em actualização à medida que me vou lembrando)!

- arrumário
- dinoceronte
- tremontro

5 anos e meio...


... de gente pequena e feliz! 5 anos e meio de brilho, a iluminar as nossas vidas. Num sorriso inesquecível, olhares indecifráveis! A irradiar aquela simpatia de menina mimada. A crescer, a querer voar, fora das minhas asas!

E eu mais pequena, perante o amor maior! Deito-te, num dia cansativo, e celebro-te por dentro! Numa alegria que não se explica. Numa doçura do tamanho do teu abraço.

Parabéns, minha filha...

domingo, maio 20, 2007

Any further questions???

Meu pensamento voa de encontro ao teu...

A partir de hoje...

Sem promessas que nunca consigo cumprir! O compromisso de ser mais eu, para procurar mais de ti! Estou assustada... mas tenho tanto a certeza!

sexta-feira, maio 18, 2007

Fim-de-semana...

... a tentar ser uma verdadeira mãe! Amanhã tenho programada uma incursão pelas novas salas de cinema, assim como uma visita à Feira de Maio.
Domingo, uma festa da escola!
A tentar não pensar no que não devo, e a querer que a minha princesa se sinta feliz...

Passou...

...o dia 17, depois o 18, sem grandes alaridos! Talvez seja apenas eu, no meio da vida frenética, a lembrar-me do seu significado! Dou por mim concentrada, como nunca, no trabalho, mas com a minha capacidade intrínseca de fazer duas coisas ao mesmo tempo! Aqui, com a cabeça a milhares de quilómetros! Com conversas que se prolongam para além do razoável, as minhas eternas questões! Gostava de pensar menos sobre as coisas. Evitava-me mais de metade do sofrimento! Gostava de não ter que fazer sempre as mesmas perguntas, e saber ler nas entrelinhas! Gostava de não me sentir como uma miúda, assim!
Estar apaixonada é isto? A viver as inseguranças antigas, haja um dia alguém que me faça acreditar que é possível ser amada de uma maneira desinteressada, apenas por ser eu! Precisava dessa segurança! Precisava de não ouvir frases do género "eu não te avisei que ía ser assim?", ou "quando arriscaste desta maneira esperavas o quê?". Só tenho meia dúzia de respostas, que talvez pareçam clichés! Envolvi-me, porque sim! Tenho os meus sonhos, que talvez sejam surreais! Mas são meus...
Tenho a prova mais que provada que passo a vida a fazer asneiras! Com a salvaguarda de que tive sempre uma rede por baixo, quando tinha que cair! Queria ter a mesma rede! Ou conseguir um dia acreditar que o que sinto é recíproco, sem esta angústia diária!
Como costumo dizer, hoje estou aqui, mas queria tanto, mas tanto, estar alí...

quinta-feira, maio 17, 2007

Descobri...

...a justificação óbvia para tudo o que me tem acontecido nos últimos tempos! É que apago aqueles mails das correntes, na maior parte das vezes sem sequer os ler! Por isso, e como ainda não morri, já me devo considerar uma pessoa de sorte, não?

quarta-feira, maio 16, 2007

Defendi-me...

... da maneira que pude! Com a certeza de que, daquele dia em diante, a minha vida estará mais facilitada, ou mais protegida. Pelo menos assim espero.
Por isso, e por enquanto, não fará exactamente muito sentido continuar a ter o meu cantinho privatizado! Tenho saudades da liberdade! Ficamos portanto na incubadora, à espera que haja sensatez para tolerarem a minha vida, os meus pensamentos, as minhas opções! A qualquer momento, e se necessário, inverte-se o processo...
Obrigada pelo apoio que tenho sentido! Espero que continuem por aqui...

Tenho...

... a princesa estranhamente doente!

E não gosto...

terça-feira, maio 15, 2007

Às vezes...

... o amor não justifica tudo, e fico furiosa! Não estarei exactamente numa altura muito própria para arriscar a magoar-me mais! Não terei exactamente idade para pseudo discussões que parece que se procuram do nada, que pura e simplesmente não existem, extrapoladas ou não pela frieza de uma conversa telefónica.
Um dia quando tiveres a sensatez de voltar a ler-me, talvez entendas que não devia haver temas proibidos. Que o meu único objectivo é reerguer-me, mas sobretudo não voltar a cair nos mesmos erros, e ser feliz. Ou viver mais calma, sem este sobe e desce de emoções, sem nunca saber muito bem com o que contar...
Todos temos dias bons, outros nem tanto! Tem sido difícil ultrapassar os teus "não tanto"! E eu não tenho feito outra coisa...

domingo, maio 13, 2007

Cansada...

... dos dias vazios! Sem força nem vontade para fazer nada! Apenas dormir!
Depois, aquela conversa óptima que me limpou as lágrimas, e me sossegou. Sim, tens a certeza. Sim, eu penso demais. Sim, estamos juntos. Sim, vamos planear as férias. Sim, tens orgulho na minha decisão. Sim, estás comigo, não estou sozinha. Desligo, sento-me ao computador e fico novamente arrasada. De raiva. Não tens culpa, eu muito menos. Quando fui eu que fiz a escolha, quando à partida já sabia que ía ser desta maneira. Respiro fundo. A tentar cumprir com a calma que prometi. Com o coração pequenino, a doer tanto, tanto...
A Helena chega ao fim da tarde. Com uma alegria que não consigo acompanhar. Olho para trás, para a minha vida. O blog dela passou a ser meu. Tenho mais necessidade de falar actualmente, ou mais necessidade que me ouçam! Sempre a velha dualidade. Vai ser sempre assim? Deus fecha uma porta, e abre uma janela. Nunca o sossego desejado. Sempre alguma coisa a latejar. Valem-me os projectos, e os sonhos, e o facto de continuar a acreditar em coisa nenhuma...

sábado, maio 12, 2007

Nada será como dantes...

... depois de hoje! Numa das atitudes mais sensatas que terei tomado nos últimos tempos! Uma decisão a que fui obrigada. Era imprescindível um ponto final. Contra o que queria, na certeza exacta de que não estarei apenas a ajudar-me a mim própria, ou à Helena. Mas que indirectamente estarei também a ajudar a pessoa com quem vivi. Não exactamente da maneira mais pedagógica. Da única maneira que parecia viável. A última opção.
Não me arrependo, mas são inevitáveis as lágrimas. Não lhe quero mal, quero é sossego. Deus escreve direito por linhas tortas, e é nisso em que tento acreditar. Depois de pouco falar, naquela sala fria. Por saber que o passo que dei foi apenas o início. Por ter a certeza dos riscos que corro, por saber que tudo se pode inverter contra mim! Sem remorsos, a minha verdade, a que conheci. Certa de que cometi tantos ou mais erros, porque nunca aceitei as coisas calada. Reagi. Assustada, talvez. Por ter exposto a minha vida daquela maneira. Por saber que vou ter que entrar em detalhes de coisas que apenas e só queria esquecer. Estou a tentar renascer, e logo com os ecos do passado. Com medo. E vergonha. De me submeter ao que não queria, de ter que ficar transparente, de sujeitar os outros às minhas dores.
Só não reagi de impulso. Apesar de ter feito o que tinha pedido aos outros para não fazerem. Algum dia tinha que ser...
Adivinham-se, portanto, tempos difíceis. Embora pese o facto de uma mudança de atitude minha. sei que estou mais forte. Nem sequer choro por me sentir deprimida, apenas por pena. Dificilmente vou esquecer a tarde de hoje, o que implicou. Dificilmente vou esquecer o facto de agora ser oficial, e não haver caminho de regresso. Dificilmente me esqueço que cheguei a casa e tive a certeza que já tinha de que estão todos do meu lado. Como os olhares me disseram que finalmente tinha tomado a decisão certa. Dificilmente me esqueço que à distância de um telefonema me foi dito gratuitamente "estou orgulhoso por teres tomado uma atitude". Talvez eu também esteja, mas sei o que me dói...

quinta-feira, maio 10, 2007

Hoje...

Sem motivo aparente, o meu telemóvel começou a tocar, começaram as ameaças que nunca passaram disso mesmo, e que deixaram de me causar medo! Actualmente, são-me indiferentes, até as acho ridículas!
E porque alguém teve a simpatia de me chamar vaca (deve ser um elogio, porque eu adoro o dito bicho), acho que isto merece alguma publicidade!

quarta-feira, maio 09, 2007

Dias...

...em que me sinto assim! Em que não entendo o porquê se me sentir sozinha, ou deprimida! Em que tenho a certeza de que nada me adianta sofrer por antecipação. Dias em que chego a casa fora de horas, e invento uma desculpa para tirar a Helena da cama, só porque me apetece vê-la dormir! E sentir aquele cheiro de princesa, enquanto lhe segredo ao ouvido promessas de felicidade eterna.
Dias de trabalho intenso. Que se encaram com calma e naturalidade. E algum desespero que termina no tempo certo, mesmo quando se fecha a porta.
Dias em que o regresso a casa se faz com calma, com a música alto. E aquela conversa. Uma presença a milhares de quilómetros, que me enche o coração. Com os pés na terra, mandar para trás das costas os fantasmas e viver. E dizer aquilo que penso sem medo e sem vergonha. Não que amanhã seja tarde. Apenas para dormir com a certeza de que nada fica por dizer. Nem por sentir. E sinto tanto...
No meio de uma conversa banal. Os momentos de antologia. Muitos se seguirão. Assim a vida nos permita...

terça-feira, maio 08, 2007

Ever After

Ontem pela noite dentro, sono a mais. Nem me lembro de ouvir o telefone tocar, de como marquei o número de volta, a acordar aos poucos. A minha teima em afirmar que está a ser difícil demais. Se fosse uma cena de filme, n'A Casa dos Espíritos. O telefonema à Blanca, a calma. Sozinha, por entre a multidão. Uma direcção única. Um olhar fixo. Apenas um pensamento. "Vamos tentar!" Quando para mim as tentativas não fazem sentido, um falamos depois.
Sem a solução exacta. Mais uma vez, a certeza. Chega-me estar feliz hoje, agora! Será que amanhã chega? Sem perspectivas de como será "sempre", aquilo que quero que seja "ever after"! Pode ser?

segunda-feira, maio 07, 2007

The lake house

Foi sempre assim... a determinada altura esbarro com um filme daqueles! A simplicidade de uma história impossível. Apenas nas telas. Com uma mensagem que me faz pensar! Irreal... que o amor tem o seu tempo. Que aparece no tempo certo. Há que saber vivê-lo, apesar das contrariedades. Há que saber senti-lo nos compassos certos. E é forte, e eterno, incompreensível!
Se a vida fosse como os filmes era mais fácil. Eu ía saber entender tanta coisa! A minha vida, como aquele filme. Numa casa transparente, uma paisagem idílica. E o Keanu Reeves... era pedir muito?

Hoje...

... um espectáculo da Leopoldina e da Tartaruga bebé! Uma emoção, portanto...
(Adenda: tirando os cenários e os personagens, que são de facto fabulosos, digamos que as expectativas se confirmam)!

domingo, maio 06, 2007

Procura-se...

... mecenas do cinema, que queira apadrinhar uma alma caridosa, amante de filmes rosa choque, recentemente viciada em ver filmes em todo o lado, todos os dias, a todas as horas (não apenas e necessariamente nas horas vagas)! Os eventuais interessados devem possuir DVD portátil (que devem ceder por tempo indeterminado), e endereçar as candidaturas para o e-mail deste cantinho...

Dia da Mãe

Acordar com um presente daqueles, e um sorriso do tamanho do mundo! A certeza inquestionável de que este amor, o nosso amor, é verdadeiro, e terno, e eterno, e suave, e doce! E ultrapassa tudo...
Beijo, filha...

sábado, maio 05, 2007

Segue-se...

... o meu primeiro fim-de-semana sozinha na loja! Hoje com cerca de 11 horas de trabalho, amanhã com horário normal! Se amanhã às 19h30 não tiver estrangulado nenhum cliente, digamos que o balanço é positivo!!!

sexta-feira, maio 04, 2007

Fronteira

Andam a testar-me os limites, e eu ando na fronteira ténue da minha sanidade mental!
Nunca fui exactamente uma pessoa forte. Talvez tenha sempre disfarçado à minha maneira. Actualmente nem sequer me apetece utilizar o disfarce. Queria poder gritar, bater o pé, fazer birra, sem que isso me fosse apontado. Queria responder aos outros da mesma maneira que fazem comigo, e não ter que me limitar a ficar no meu canto, à espera que o tempo e o espaço resolvam tudo por mim. Queria não me sentir presa dentro do meu próprio espaço, dentro da minha própria vida. Não ter que medir as palavras que digo, com medo das reacções que possam eventualmente causar.
Sem falsa ingratidão, por saber quem tenho desde sempre à minha volta, por conhecer tão bem a minha família e os meus amigos, ou com quem posso sempre contar. Hoje queria apenas ter a certeza de que os últimos dias não foram apenas e só uma mentira doce...

Quarta-Feira...

... depois da consulta, fomos a correr para a escola, porque ía lá o fotógrafo! Ontem, aparentemente, a criançada andou a ver as provas das fotos.
Ela, convicta:
-Mãe, estivemos a ver as fotografias, e os meus amigos disseram-me que eu sou muito fotogénica!
(Gaba-te cesto...)!

quinta-feira, maio 03, 2007

No DVD

Foi preciso...

... a minha irmã chamar-me à atenção para a contagem dos meses, para eu perceber que a minha "barrita" estava errada, e que me induziu em erro!
Sim, sou uma mãe desnaturada. A criança ainda não fez 5 anos e meio... Só a 21 deste mês!

Consulta

Dos 5 anos, no Posto Médico. 18,300 kg, 1,08 m (percentil 50 e 25, respectivamente). Audição ok, visão nem por isso. Tensão arterial normal. Vigia de dentes e hábitos alimentares. O sopro do coração, os sonos, os pulmões, a coluna e os pés. Tudo visto pelas enfermeiras e pela médica simpática. Com umas vacinas à mistura (agora reforços só aos 10 anos), um "au" quase imperceptível da minha princesa heroína, que exibia orgulhosamente no fim uma medalha de bom comportamento e uma dor no braço que se prolonga até hoje!
Apta para a escola primária, portanto. Sem preocupações de maior. Vai ser pequena, diz a médica. Nunca foi muito grande, penso eu!

quarta-feira, maio 02, 2007

Ontem...

... a olhar para o vazio perguntaste-me se imaginava, há 4 anos atrás, que um dia íamos estar assim! Se imaginava, há 4 anos atrás, que um dia seria possível amar-te...
Eu, desarmada...

Pais separados

Apesar de tudo, sempre a mesma dificuldade associada ao tema. Algo de que não se fala, para o qual nunca estamos preparados, que nunca ninguém nos ensinou como ía ser, que não se lê nos livros. Apenas no nosso!
Por mais que queiramos proteger as crianças... e só Deus sabe como tentamos, acabam sempre por senti-lo! A ausência do Pai, a distância da família nuclear, a diferença para os amigos, nas festas da escola, ou apenas no dia-a-dia. E o velho estigma. Em todo o lado, onde quer que vamos, seja ou não para uma qualquer situação rotineira. Como hoje, na Pediatra, que ía falando dos temas com entusiasmo, referindo-se a mim, e ao meu marido. E aqueles olhinhos castanhos à procura dos meus. E a mão suadinha a apertar a minha!
Não que lhe falte amor. Tem umas tias babadas que lhe dão tudo. Uma avó que nunca se cansa de a apoiar. Tem, em casa do Pai, os manos e os avós. Tem amor em dobro. Duas casas, dois quartos, muito mais brinquedos, muito mais tudo. Mas tem o coraçãozinho dividido. E faz-lhe falta aquela presença constante. Ao ponto de procurar desde sempre mais a atenção dos homens. Aos mais chegados, chega a chamar de "Pai". Já o chamou ao Pedro, ao Nuno, recentemente ao meu namorado (isto soa estranho...)! Tento disfarçar a tristeza, ou agir com naturalidade. Lá lhe vou explicando que pai ela tem só um, o dela, que a ama muito, apesar da distância a que estão obrigados. Apesar das nossas diferenças, e divergências (que ultrapassaram há muito o aceitável), não posso negá-lo. É pai dela. Fui eu que o escolhi. Bem ou mal, a opção está feita e é para sempre. Não me cabe a mim dizer-lhe nesta idade a minha verdade, ou a verdade que sinto todos os dias...
Não é fácil estreitar laços depois de uma separação. Ou talvez tenha sido eu a não conseguir fazê-lo. Ficaram as mágoas, as dores, os ressentimentos. Qualquer motivo serve para nos magoarmos. Nada em comum, a não ser a princesa! E talvez mesmo por fraqueza minha, nem tão pouco consigo, por ela, ter uma relação simpática.
Se eu pudesse, se fosse uma escolha imediata minha, era o que ela tinha. Uma família, uma estrutura e um amor como eu, quando era da idade dela, tive o privilégio de viver...

A partir de hoje...

... mais uma etapa! Rumo ao desconhecido! Meia dúzia de promessas, outras tantas expectativas. É um dia triste, apesar de saber que um dia há sempre um regresso...
O meu esforço desmedido por ser mais tolerante, e mais compreensiva! Espero nada mais nada menos do que um esforço maior da tua parte para entenderes o que me dói esta distância. E que não vai ser nada fácil!

terça-feira, maio 01, 2007

Ontem...

... mais uma prova de fogo! E a certeza de que, a qualquer momento, a vida inverte o jogo. Nunca devemos fazer demasiados planos, eu devia eventualmente, ou sempre, moderar as expectativas. Assim, e mediante uma contrariedade, não me sentia não vazia...
De ontem, em poucas horas cá em casa, espaço para meia dúzia de conversas, e outras tantas brincadeiras com a Helena. Nesta altura, por mais prematuro que possa eventualmente parecer, para mim nem sequer faz muito sentido ser de outra maneira. As opções estão tomadas. Sem tentarmos, nunca saberíamos como poderia ter sido. A correr o risco de estar completamente errada, como em tudo! Certo é que depois desta semana, e depois das horas infinitas que passámos sem dormir, e a conversar, e a viver, parece tudo mais translúcido. Parecemos mais nós. Eu sinto-me mais eu...
Hoje talvez consigamos recuperar o tempo adiado...