terça-feira, agosto 28, 2007

Lembro-me...

...de poucos dias perfeitos. Já não me lembrava de me sentir desta maneira. Ontem, uma conversa que me deixa a rir às gargalhadas. Com palavras que se repetem a cada dois minutos. E um regresso doce ao passado. Hoje. As saudades que se atropelam. A vontade imensa de te dizer o que sinto, ou como me sinto. A reaprender a gostar de ti de uma maneira que me protege. E que me ponha à frente de tudo! Sei que nada vai ser como dantes, mas que ao mesmo tempo vamos reconstruindo devagar o que parecia à partida perdido. Meia dúzia de palavras das quais não me quero esquecer, que são tão doces, e que me parecem tão verdadeiras. A crença exacta de que falta muito pouco para uma realização de sonhos, ou de vontades, ou de verdades. Que não nos garantem nada. Mas são apenas e só nossas.
Depois outra verdade camuflada que quase me arrasa. Que deita por terra tudo aquilo em que acredito. Ou em que me fazes acreditar. Na certeza que entendes a minha transparência, e que também devias jogar limpo comigo. Fico reticente. E procuro apenas uma explicação válida que me tire de uma suposta inquietação!
Os últimos dois minutos de hoje contigo valeram por tudo. Os nossos silêncios, que te adivinho. A sinceridade que te sinto nos olhos que não me são permitidos ver. Aquilo que tens sido nos últimos meses, que não eras quando devias...
Fico na dúvida. Serei apenas inocente ou ingénua. Estarei a ser cruelmente manipulada por uma suposta verdade que se me apresenta à frente, e me deixa incrédula...

Queria no fundo que entendesses que apesar do que somos. Apesar de tudo, acredito deliciosamente em nós. Acredito que a crueldade humana não pode existir sempre. Acredito sobretudo em ti. Só te peço, mais uma vez, que me entendas os medos. E as angústias. Que não têm o intuito de te aborrecer, nem te afastar de mim. Só que, como te digo sempre, não te posso esconder quem sou nem o que sinto!
Só te peço que me ajudes a entender...

segunda-feira, agosto 27, 2007

Depois...

...de uns dias com o pai, mergulhos de piscina sem fim. Nestes primeiros dias em que realmente me sinto de férias. E bem! O jantar cedo, que denuncia a perda de energia ao longo da tarde. A tia a planear uma surpresa vai dizendo:
- Não é hoje, mas a tia vai encher uma piscina e vai lá por uma surpresa dentro.
A Helena, curiosa:
- Dá-me pistas, tia.
- São coisas que não são rectangulares, nem são pretas.
Comentário pronto:
- Ai tia... que pistas tão fraquinhas!

(Risos)!

Banhos...

...de piscina. E sestas. E calma...

domingo, agosto 26, 2007

Geocaching

Este fim-de-semana iniciei-me em mais um vício. Deu para rir até doer a barriga! Começámos a viagem pelas ruas do Juncal. À frente dos azulejos da "Poderosa", a contar cruzes e espadas. Onde aparecem os conterrâneos, e contam histórias da sobrinha, e do peixe fresco, e das cadeias de supermercados. Um GPS que nos leva para sítios estranhos. Com uma paisagem que nos desarma. Uma cache que não aparece, porque ninguém sabe fazer contas. Voltas e voltas pela vila, cada um a dar um palpite diferente. Duas vezes que vamos ter aos Bombeiros, sempre em busca de uma fábrica. Mas onde está a fábrica. Voltamos ao local inóspito, comigo a insistir que há um caminho pelo qual conseguimos levar o carro. Não disse que tipo de carro, pois não? Melhor se fosse um tractor. Ficamos atolados, empurramos. Lá se vai uma protecção qualquer da roda. E a cache não aparece. Depois do carro desmontado, as manas aventuram-se às escuras pelo monte. Houvesse um saco, e voltávamos com ele cheio de gambozinos...
Desistimos, e vamos rumo a Porto de Mós. Onde se nos apresenta o Castelo. Fabuloso. É a minha estreia. Toda a gente encontra esta cache. O cunhado, generoso, dá o falso alarme e deixa-me ser eu a chegar primeiro. Não passava de um garrafão de plástico esquecido. A mana, de GPS na mão, a dar passos sem nexo. Discretos, como mandam as regras. O Castelo tem um buraco, onde a outra mana mete a mão. Eis que aparece a bendita cache. Meia hora depois corremos para o carro. Depois do meu grito. Vemos o conteúdo. Deixamos um "T" e uma mensagem, com os respectivos nicks. PPM, Moa e CS. A CS sou eu. Riso a monte... Voltamos para o Juncal. Nada de novo. Qual semelhança com um episódio qualquer dos marretas, não será apenas uma mera coincidência.
Voltamos cansados, já tarde. Depois de rirmos até não poder mais...

sexta-feira, agosto 24, 2007

Terminou...

...a temporada em casa da D. Odete. Entre mil brincadeiras, passeios e alegria. Que não há meio de conseguir agradecer! Ao telefone diz-me que hoje foi o pior dia. Indignada, pergunto-lhe porquê. "Porque foi o último", responde-me entre um suspiro!

E eu feliz, por saber que a minha filha esteve, nestes últimos dias, tão bem entregue...

quinta-feira, agosto 23, 2007

Oficiosamente...

...precisava de me desculpar! De te dizer mais uma vez que foi uma atitude impensada, ou menos correcta, ou mais impulsiva. Daquelas que espero, ao abrigo da lei da amizade, que me entendas! Oficialmente precisava de te agradecer pelo que partilhaste comigo, que talvez não tenha sido capaz de valorizar em tempo útil. Agradecer-te por espontaneamente teres tido essa vontade, por teres falado da maneira que falaste. Noutra altura, o que sei agora, seria mais um passo. Hoje justifico-me com o dia péssimo que tive desde o início. Embora saiba que a justificação é pouco. Ou te pode fazer ter uma sensação de "déjà-vu" indesejável!
Com a crença profunda que a vida te há-de deixar concretizar este sonho! A certeza plena de que o que te faz a pessoa mais feliz do mundo acaba por implicar a minha própria felicidade. Porque gosto muito, muito. Gosto tanto de ti...
Podemos voltar aos nossos momentos de antologia?

16 horas depois...

...estou (finalmente) em casa!

quarta-feira, agosto 22, 2007

Há uns dias...

... que lhe observo meticolosamente os movimentos! Temos cá em casa umas prateleiras cheias de livros e enciclopédias. Longe de locais que mãozitas pequenas alcançam. Portanto há cumplices. Não sei da idade, ou se ando demasiado autoritária. Certo é que quando lhe faço uma pergunta, hesita em responder a verdade. O livro fora do sítio, assim comos os outros da restante colecção. E pergunto-lhe se os tem andado a ver. Responde-me que não. Olho-a nos olhos. Baixa o olhar e pergunta-me:
-Mãe, aquelas pessoas existem mesmo? São fotografias?
Claro que sim... e a minha filha anda a descobrir "As Raças Humanas"!

Just say yes...

Como nos filmes, às vezes devíamos dizer apenas o que nos vai no coração...

segunda-feira, agosto 20, 2007

Do crescimento...

É inevitável! Desde há uns meses para cá, por volta das 8 da noite, fazem-se juízos de valor face às notícias. Tornou-se um hábito ouvi-la falar do caso Maddie, ou das jornadas de futebol. Hoje a preocupação é a falta de água potável em África. Um must...

Eternamente tu...

Gostava de ter a capacidade de te sossegar o coração! Quando eu própria também acho que devemos associar as músicas a determinados estados de espírito. Quando para mim não faz sentido ficar quieta à espera que a vida se lembre de nós.
Ao mesmo tempo, a convicção de que a certa altura devemos conhecer os limites do nosso orgulho. E ter a certeza de que quem não nos quer não nos merece! Porque conseguir ultrapassar o teu "karma", será uma luta apenas tua...
Em tom de brincadeira, como na Rua Sésamo, quando era miúda. "Só tu podes decidir o que estás agora a sentir." Como digo sempre. Não posso evitar que caias. Posso estar sempre contigo para te ajudar a levantar...

Defining moments...

O episódio 3 da season 4 da mítica série (que tu agora também vês - oxalá aprendas tudo o que não sabes sobre os nossos segredos), explica a nossa conversa de Sexta-Feira!
Como, a determinado momento, definir uma relação que não o chega a ser, depois de outra! Como sobreviver no fim de nós. Como reagir. Será ou não possível cultivar uma amizade? Como se explica a continuação de um qualquer contacto. Como, aos olhos dos outros, explicar que continuas a fazer parte da minha vida, depois de tudo? Como explicar que existe uma fronteira ténue, ou um limite, entre o quanto posso, ou devo, envolver-me contigo!
Como te digo sempre, talvez não tenha mudado nada. Ou tudo. Falas comigo quando queres, falamos com outra leveza, ou outra disposição. Talvez os compromissos sejam assustadores a determinadas alturas da vida. Inegável que caminhávamos para um beco! Inegável que me sinto sempre mais perto de ti! Sem os medos do passado. A descontracção de conseguir não esperar nada de ti. Porque sei que mais que nada vai ser sempre o ideal!
Cheguei a pensar em nós de outra maneira. A saber que era impossível ultrapassar determinadas opções. Agora não sei que direcção tomamos, nem me importo. Dizes que damos passinhos pequenos. Sem conhecer exactamente o caminho, parece-me que agora estaremos a dar o tal passo de gigante de que falavas. Independentemente do objectivo, ou da meta. Sei que tenho um amigo para a vida e para tudo. E isso não tem preço, nem retorno, nem negação possível! Hoje, como li algures um dia, tenho a certeza. Não te amo... mas gosto muito de ti!

domingo, agosto 19, 2007

Pulseira avariada...

A caminho do cinema, mais um comentário fantástico. A Helena usa desde as férias da Páscoa uma pulseira daquelas brasileiras, trazida pelos tios da última viagem, à qual a tia deu uns nós, enquanto ela pedia os desejos!
Hoje saiu-se com esta:
- Mãe, a pulseira que a tia Isaura me deu está avariada! Já lhe pedi uma bicicleta nova, e ela ainda não ma deu...
(Será que se dá o caso de haver necessidade de ir ao Brasil trocá-la por uma nova???)

Faltam-me...

...exactamente 5 dias de trabalho para as tão desejadas férias! Uns dias no Algarve, com a mana e as meninas, outros que começaram por ser em Londres, mas que possivelmente irão ser noutro lado (se é que chegam realmente a ser, porque no que toca a "drama queens", nunca se sabe realmente o que esperar...)! A ideia é ir para uma ilha qualquer, onde a possibilidade de fuga seja menor (ainda mais para quem não sabe nadar...)!
Sem grandes expectativas, que a vida sabe melhor assim!

sábado, agosto 18, 2007

Ontem à noite...

...cinema à meia-noite. Hoje à noite, cinema à meia-noite. Amanhã à tarde...

CINEMA!
(não, não vou vender pipocas...)!
(Mudam os filmes e a companhia)!

quarta-feira, agosto 15, 2007

Se fosse...

...bom não tínhamos uma história para contar! Com a mana Patrícia com a cara deformada de tanto rir, voltamos do cinema a fazer a dança!

A questão que se impõe... Deus é mesmo preto? (O Morgan Freeman parece-me bem...)!

O melhor a retirar de tudo. Uma frase que me fica a saltitar na mente. Pedimos-Lhe felicidade. Ele não nos dá felicidade. Apenas a oportunidade de sermos felizes...

Não é isso que passamos a vida inteira a fazer?

Parabéns...


... Pai! Espero que tenhas um dia feliz! E que possamos festejá-lo durante muitos anos...

Beijos,

Helena

segunda-feira, agosto 13, 2007

Sonhos...


Estou a um pequeno passo de realizar um dos meus maiores sonhos dos últimos anos, ou desde que me lembro de ser gente! Só falta um bocadinho assim (menos de um mês, certamente...)!

sexta-feira, agosto 10, 2007

Aprendi...

...a relativizar o amor! Sem saber se existe, sei que a determinados momentos sabia que queria uma pessoa. Sabia que me fazia feliz, que me fazia sentir as borboletas na barriga. Via-nos a ter um futuro juntos, aqui ou na China, ou onde fosse. Contava constantemente os minutos para podermos falar, para podermos estar juntos. E sabia tão bem. Sabia bem falar sobre nada, de futilidades. Sabia bem ter aquela presença constante. Sabia bem planear férias, ou simplesmente ter um namorado. Sabiam bem aqueles momentos de antologia. Cada cm nosso. Cada momento...

Actualmente é tudo estranho. Passaram poucos dias desde o nosso fim. Não por orgulho, mas porque não o sinto. Era incapaz de dizer "amo-te". Dou razão ao meu "Mr. Big", e recordo-me do quanto nos fazíamos mal um ao outro. Do quanto somos muito mais próximos desde que recuperámos apenas a amizade. E não sei se estou certa. Porque por voltas e voltas que dê a minha cabeça, ou o meu coração, ou o que seja. Por mais voltas. Parece que os caminhos chegam todos ao mesmo sítio. Como que uma dependência, ou um vício, mas sem amor! Talvez ande iludida, mas faz-me falta aquela presença. Que me deixa a rir à gargalhada. Que me faz sentir entusiamada com a vida. Ter vontade a aproveitar tudo de bom que nos pode trazer!

Nem sequer me sinto triste. Mas ao mesmo tempo caem-me meia dúzia de lágrimas. Na certeza plena de que passaram só dois dias maus, que ando com uma rotina difrente, que isso é suficiente para me deixar transtornada. Não sei o que sinto. Sempre tive uma mania estranha de ter que dar um nome às coisas. Não sei como seremos. E isso assusta-me. Não quero fraquejar. Mas há momentos em que me pergunto como será. Porque não é só nas séries... e há sempre uma Natacha!

Eu sei que prometi que me deixava de filmes...

Nas famosas viagens...

- Mãe, posso ir para a piscina?
- Podes, se a avó for contigo. A mãe tem que fazer o jantar.
- Posso ir para o fundo?
- Sim, se levares as braçadeiras.
- E se um tubarão me fura as braçadeiras?
- Nas piscinas não há tubarões.
- Eu sei mãe. Mas eu um dia sonhei que estava na piscina, e havia lá um tubarão. E eu quero tirar isso da cabeça, mas sai-me pela boca, mãe...
(E infelizmente há coisas que não lhe consigo tirar nem da cabeça, nem da boca...)!

terça-feira, agosto 07, 2007

The "ex" and the city

Talvez tenha descoberto o meu Mr. Big, com encontros e reencontros sucessivos ao longo dos anos. Inexplicavelmente imaturo para a idade, sem ideias claras, estranhamente seguro de si. Tantas vezes distante, com uma presença discreta e contínua. Misterioso qb. Um tanto previsível em determinados momentos, um encanto que seduz. E a voz... aquela voz! O charme, a envolvência. Suficientemente doce. Com um orgulho impenetrável...
Como a Carrie. A história repete-se. A determinada altura o "Mr. Big" desilude-me. Deixa-me na fronteira ténue entre o insensível e o cruel, e os dias passam. Subitamente sinto-me a renascer. Sem me sentir triste. E ninguém entende. Ultrapasso o meu tempo. Espero até me sentir capaz e arrisco. Pego no telefone e encontro alguém que a medo lá me vai dizendo que gosta de me ver bem. Como tenho estado. O melhor de mim, que se reconstrói aos poucos. Impossível não sentir saudades, ou não me envolver. Outras condições. Preciso do meu amigo de volta. Precisamos estar juntos. E mais uma vez ninguém entende.
E eu entendo porquê! Qualquer pessoa que me rodeie, que seja verdadeiramente minha amiga não gosta do que viu ou sentiu no passado recente. Agradeço com remorsos as preocupações. Sei que ando a pisar um terreno minado. Tenho essa consciência. Sem seriedade. Porque a minha vida também devia ser divertida de vez em quando. Sei o que arrisco. Volto a agradecer que me avisem, que me digam para me cuidar. Para cuidar do coração. Para cuidar de mim.
Peço que me entendam. E que confiem. E que fiquem do meu lado. Mesmo quando apetece a todos virar-me as costas, por não concordarem com as minhas opções. Como fez a Miranda. Peço que não me digam "eu avisei-te". Apenas que estejam comigo se precisar de chorar outra vez...

segunda-feira, agosto 06, 2007

Mil histórias...

...outros tantos momentos que me fizeram manter afastada daqui. Afastada de tudo. Às vezes perco-me e não entendo a vida. Outras tantas não compreendo o que me acontece, ou o porquê de acontecer.
A ajuda que talvez precisasse há anos tem sido preciosa. Actualmente acordo todos os dias com outra força, outra disposição. Trabalhar tem sido um prazer. Primeiro problema resolvido. Outros estarão a caminho de uma resolução, rápida ou não!
Falta-me alguém que queria muito. Mas isso deixou de ser um drama. A minha actual lucidez permite-me ver as coisas com serenidade. Ou simplesmente aceitar uma realidade que estava à minha frente há meses. Pego no telefone e digo que estou bem. Damos meia dúzia de gargalhadas e voltamos ao início de tudo. Quando eu era eu, e nós éramos amigos. E era tudo mais simples. Não nego as saudades. Reconheço que me estava a fazer mal. E o que tem que ser será...
By the way... a Helena continua fabulosa. Cada vez mais menina. Cheia de si. E encher-me de orgulho todos, todos, todos os dias!