quarta-feira, setembro 26, 2012

Em casa...

Sentada, em paz. Cabeça descansada. Miúda na cama. Nos últimos tempos, tem sido um prazer difícil de ter. Sabê-la aqui. Aconchegar-lhe a roupa. Dar-lhe um beijo. Vê-la dormir.

(Não há melhor sítio no mundo do que a nossa casa...)

domingo, setembro 16, 2012

Quando ser mãe dói...

Sempre fui assim.

Sem querer camuflar a minha realidade... hoje sinto-me uma mãe menor!

sexta-feira, setembro 14, 2012

Lembro-me de não termos os meios de agora. A maior alegria chegava pela rádio. Uma estação local de qualidade manhosa, que passava os top's da altura. E o mau gosto era inqualificável. Com o despertar das hormonas, o primeiro amor. Os primeiros suspiros. As primeiras músicas. As horas intermináveis a passar a limpo as letras que adorava. A cópia dos versos. O tempo a cantar ao espelho...

Muitos, muitos anos depois, a mesma história. Vista do lado de fora, num misto de responsabilidade e saudade. As músicas diferentes, mas quase iguais. As mesmas mensagens. Os mesmos suspiros. A mesma alegria. Ela, tão diferente, mas tão igual. Numa euforia desmedida, quando lhe digo que o ídolo maior vai dar um concerto em Portugal! Respiro fundo. Consinto. Levo-a ao concerto, com as amigas. E não mais os dias são iguais...

quarta-feira, setembro 12, 2012

Dos dias...

... que demoram a passar. Em que tudo parece correr mal, desde que acordo!

Faltam-me forças e perspectivas. Ânimo. As lágrimas estão fáceis. Difícil é reagir.

Sem sonhos. Sem esperança. Preocupada. Com o dia-a-dia. Com o futuro. Com o que pode ser amanhã.

Hoje dói.

segunda-feira, setembro 10, 2012

Feeling good...

Voltar a casa...

O filme quase terminava assim. Depois de um ciclo, um amor. Uma menina, a mãe e o avô. As memórias. Regressavam a casa. Às origens. Aos móveis cobertos por lençóis. Às cortinas cheias de pó. Voltavam para uma vida que já não voltava para trás. Com arrependimentos e saudades. Saudades do que tinham sido felizes. Naquele sítio. Naquele lugar. Saudades do que ainda iriam viver.

Ao longo dos últimos quatro anos procurei outros lugares. Conheci outras paragens. Tomei decisões certas e erradas. E a minha vida mudou, para melhor. Sou com toda a certeza uma pessoa melhor.

Do desconforto, de não me sentir em casa noutras paragens. Das lágrimas que chorei há uns dias, quando abri as cortinas desta minha velha casa. Das falta que senti de estar aqui. De mim. Da minha luz. Do que já fui. De tudo aquilo que quis escrever ao longo de todos estes anos. Do que deixei de dizer. Das linhas, para as quais desejo tanto voltar...

É tempo de limpar o pó. E regressar.