segunda-feira, agosto 12, 2013

Blue October - Hate Me



Há músicas que me lembram determinados momentos. Esta é o meu limite. O Stop. O "pára", que já não dá mais. O fundo do poço.

Ultimamente , o sentimento imenso de depressão. O sono, a contrastar com noites inteiras e vazias. A espiral. A derrota. A revolta. Saber que agora tenho o que nunca tive. A dor do remorso de não conviver facilmente com essa realidade. Não conseguir dar o melhor de mim, sem justificar porquê!

Tantas vezes na memória minutos daquele dia. Conduzir sem razão. O choro compulsivo. O cabelo. O meu cabelo cortado. Eu, desfeita em pedaços. Pedaços da vida que continuo a não recuperar. Imagens que se sucedem. O desespero e a dor. A dor dilacerante. O passo em frente. Nem esse consigo dar. Acabar com isto tudo. Parar, enfim...

terça-feira, abril 30, 2013

Das frustrações...

Da vida que não acontece. O sonho que tarda. Um choro que persiste. Viagens de carro, que não acabam. A desvalorização. O quanto me sinto perto de lixo. Esta sensação plena de viver com medo. Medo de repreensões. Do que fiz, do que não fiz, do que posso vir a fazer.

Estou cansada destes anos. Cansada deste esforço. De me dar tanto. De dar tanto de mim. De ter abdicado de tanto. Cansada de não sentir retorno, nem evolução. Nem coisa nenhuma...

Um dia, se pudesse, virava as costas. E não voltava. E era mais feliz...

segunda-feira, abril 15, 2013

Dos dias...


... que passo sem ti. Mais um. Como se o teu crescimento me escapasse. Como se pudesse justificar esta escolha. Tento não te falhar, mas sei que falho. E sofro com isso. A cada minuto dos meus dias. Em prol deste bem. Do teu bem. Que me faz mal!

E estás crescida, tão crescida. Tão linda. Tão única. A minha menina-mulher. Estás mais adulta. És activa. Não páras. Não nos largas. Não queres sair de nós. Aproveitas o colo. E eu, contigo ao colo, respiro-te!

Custa-me não te cheirar. Não te ver todos os dias. Não ter ter aqui, em "style", todos os dias. És a minha estrela, a minha pequena estrela. A minha maior e mais perfeita criação.

E eu amo-te. Como daqui até à lua...


segunda-feira, abril 01, 2013



Uma dor difícil de explicar.  A dor de quem já sangrou vezes demais. A dor de quem já não percebe exactamente o que sente!

E as lágrimas. A saudade. A perda. Mais uma perda. Outra perda.

Explicar, como sentir. Mais uma estrela. Outra estrela. Alguém, que olhe por nós. Alguém que continuamos a amar, sem esquecer. Sem pensar. E querer…

Que Deus receba a avó do coração. Que Deus lhe tenha dado finalmente o merecido descanso. Não nos sossega a alma. Não nos acalma a dor. Não nos facilita o sentimento de injustiça. Que fique em paz. Que sinta a paz. Que viva finalmente em paz.

E que a sua memória permaneça hoje. Sempre. Nas nossas vidas, nos nossos sorrisos.

terça-feira, março 19, 2013



O dia passa a correr, e já não é o mesmo. Nem as montras, cheias de lembranças. As memórias. O sorriso, o teu sorriso. A tua presença, ainda que ausente.

É dia do pai, e eu perdoei quem te levou de mim. Quem te levou de nós. Choro, de quando em vez. Tenho-te em muitos sonhos. E tenho medo. Medo de me esquecer das tuas feições. Medo de não voltar nunca mais a ver-te. Medo de nunca mais te poder abraçar.

Já te disse isto, vezes sem conta. Fazes-me falta. Fazes falta a todos. Fazes uma falta incrível ao teu pai. Fazes falta aos teus amigos. Fazes falta às meninas. Fazes falta aqui...

Nunca nada nem ninguém vai preencher este vazio. E eu amo-te sempre. Para sempre. Todo o sempre...

quarta-feira, março 13, 2013

Emocionante...

... ouvir "habemus Papam"! Sem imaginar como será ao vivo. Naquele lugar mágico.

Francisco. A sorrir. O Papa Francisco...

terça-feira, março 12, 2013

Barcelona em 2007...

Parece que foi há alguns anos que me apaixonei de morte por esta cidade.

Onde tive o privilégio de voltar mais duas vezes. Onde ainda existe tanto por descobrir!

(E alguém me explique como é que tive a distinta lata de tirar fotos no Miró...)!


















Sou...



... completamente viciada em música brasileira. De todos os géneros e feitios. Das mais antigas, às mais modernas. Daquelas cheias de clichés.

Ai...

"Tou morrendo de vontade de você"!

segunda-feira, março 11, 2013

Depois...


... da Tunísia. De Valência. Do Japão. Voámos mais uma vez juntos. E corremos cantos e recantos de Barcelona em quatro dias muito cheios de sabor. 


Custa-me descrever o dia, e a sensação. Custa-me assumir que naquele edifício austero, mesmo ao cimo das escadas... ia confiante e vacilei. Quando naquela fracção de segundos, três caras me olhavam e quase sucumbi! De repente, 3 anos em revista. Pedaços do tempo em que não era eu. As minhas fragilidades expostas. O que não estava preparada para ver. Nunca. Sorrir e pensar, "como assim?" Pegar no telemóvel e dizer a medo... está aqui, o meu fantasma! Estou bem, mas não estava...

A espera. O tremer das mãos. A entrada na sala. Sem saber como ser e como estar. Aquelas palavras como que paternais. A pressão. E eu... a desfazer-me. Como em tantas outras vezes. Como em tantos outros dias. As lágrimas que já havia chorado. A falta de ar. A sensação de injustiça. A luta interior... forgive and forget. Ou ficar, e lutar mais uma vez.

Fiz por perdoar. Por mim. Pelo meu amor. Por achar que já merecíamos a paz que não tivemos em três anos. Não foi a melhor solução. Preferia ver aquele agora estranho ser mais castigado. Mais repreendido. Mas isso não apagava a minha mágoa. A minha raiva. O meu rancor.

Se disser que pesei em segundos o que para mim era melhor. A velha máxima. Nada justifica a violência do que me foi feito, o que foi destruído em mim. Na minha família. Na minha vida. Nada me pode trazer a dignidade que perdi. Beneficiei o infractor. Nunca por ele. Que ele é só aquilo que é. Um lixo humano. Mas por mim...

Virei as costas sem remorsos. Senti, vezes sem conta, que não o devia ter feito. Que devia ter continuado, agora que estava tão perto. Mas era uma luta que já não queria ter que sentir.

Avancei. Agora não sou só eu, nem estou sozinha. Pela primeira vez, uma sensação incrível de alívio. De libertação. Não mais este fantasma vai pairar na minha vida nem em mim.

Sou muito mais feliz desde o instante que desci as escadas daquele tribunal.

("Seja selectivo nas suas batalhas. Às vezes estar em paz é melhor do que estar certo"!)

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Um dia...

... a vida muda. Muda tudo. E há mudanças das quais preciso há tempo demais!

Sem forças, nestas tentativas sucessivas que tenho feito ao longo dos tempos. A minha incapacidade de me comprometer. A certeza sempre, de que vou falhar!

Deixou de ser um prazer. Uma roupa nova, ou um espelho. Para se tornar numa rotina, ou numa tortura.

Na certeza de que tenho que começar por mim, por saber, por ter a certeza. De que longa é a caminhada, que ainda agora começou.

De que os insucessos do passado não são certezas no futuro.

Preciso de mudar. Por mim, por ti, por nós. Pela família que somos, pela Helena. Preciso de voltar a gostar de mim. Preciso de ter vontade de correr na praia. Preciso que me segures ao colo!

E como eu preciso de colo...

domingo, janeiro 06, 2013

Espiral destrutiva...

Tem sido assim, na minha solidão. Os dias custam a passar. A frustração de sempre. O medo. Aquele medo que continua a perseguir-me tantos anos depois. A vida que parou naqueles dias. O que morreu em mim, e não mais voltou a renascer...

Sinto-me assim, numa espiral. Sinto-me cair. Sinto-me, por melhor que seja a condição, um ser humano menor. Sinto que não mais vou resolver tudo isto, nem na cabeça, nem no coração!

E não gosto. Nem sei reagir. E tenho saudades de mim...