Por um fio...

... fino demais, que se parte, e te leva de nós. Assim. Poucos meses depois da primeira notícia. Nunca ninguém me disse que te levava. Nunca ninguém me disse que morrias assim. Sequer que morrias! Depois de te dar um até já. Naquele dia que adormeceste e nunca mais acordaste bem. Desculpa-me se te menti. Porque jurei que ías ficar bom depressa. E porque me mentiste? Quando disseste que ía ser simples, que estavas confiante e à espera do melhor! Quem é que te levou? Quem foi capaz? Será que fizeram por ti aquilo que merecias? Será que cuidaram da tua vida como ela era... única? Não lhes perdoo também. Nunca. E arrependo-me de ter confiado. Como confiei da outra vez. Até ao último segundo. Até ao último suspiro. Sabes... é egoísta mas dói. Não pára. Porque foste tu que sofreste, foi a ti que mataram devagar. Nós ficamos cá. Melhor ou pior. A chorar por ti. Com orgulho de te termos conhecido, mas com esta mágoa, com esta dúvida. Como seria se não tivesse sido assim? Como seria? Como vai ser a vida sem ti? A partir de agora... como será?