...em que não sei ser tua mãe, nem como reagir! Talvez seja demasiado impaciente, ou inexperiente. Como se 5 anos e meio não fossem nada! Porque já és crescida, mas fazes coisas estranhas. De criança, talvez.
Hoje vinhas cansada. A minha eterna guerra do fim-de-semana de tentar obrigar-vos a cumprirem criteriosamente os horários. A minha luta em vão. Vinhas com olheiras, esgotada! Chegas a casa e nem dou pela tua presença, ou ausência. 10 minutos depois lembro-me que me esqueci de ti. Procuro-te pela casa. Não encontro o teu barulho característico. Chego ao quarto e lá estás, encolhida na cama, a pedir-me para te deixar dormir! E eu digo que deixo. Sem jantar, sem nada. Não fosse a tia desencaminhar-te para um festejo de um caneco que ainda por cima é de barro, e dormias o sono dos justos, talvez até amanhã.
E lá andas a aproveitar o que tem de bom ter duas famílias separadas! A aproveitar o facto de passares tão pouco tempo com o pai, para fazeres o que queres. Num sítio onde a vida te é mais facilitada, onde há amigos para brincar na casa ao lado, um café na esquina, e dois manos duas portas acima! Aqui aproveitas as minhas saudades! Na dificuldade que disfarço em deixar-te ir, dois dias inteiros! No que entendo que não consigo acompanhar o teu ritmo, e as tuas necessidades.
Fazes-me uma birra e eu estranho! Já não é costume. Sou mais explosiva, a reagir como provavelmente não devia. Sem conhecer exactamente os limites do rigor! Lutas contra o sono, que já te venceu há horas. E choras de uma maneira incontrolável. Acabo por ceder, e adormeces agarrada à minha mão. Como se também sentisses a minha falta no sono...
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