...sinto-me a acusar a distância. A incompreensível confusão mental de quem não pode olhar todos os dias, cinco minutos que seja, para os olhos do outro e sossegar. A insegurança de ver os dias a passar, sem saber como será amanhã. E secar as lágrimas das saudades com a esperança de que um dia tudo passa, tudo se esquece, tudo se resolve. Os suspiros intermináveis, e o telemóvel ao lado, a horas mais ou menos marcadas. O sono impossível, a vulnerabilidade. Quando quase tudo se torna relativo. O meu medo de não corresponder aquilo que se espera de mim. Medo de repetir o que não gosto, ouvir o que não quero.
Na minha pose de miúda mimada. A dificuldade em aceitar a vida como ela se me apresenta, sem reagir. Duas horas e meia que nos separam. Mais de um mês depois. Até quando?
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