...em lágrimas, ao telefone, e aprendo a relativizar as minhas dores. As vidas, tão diferentes, que partilhamos há um ano. Desde sempre a identificar-me contigo. Porque te fui descobrindo nos gestos algo em comum. Porque durante cerca de um mês vivemos juntas 24 horas por dia. Talvez saibas mais de mim do que pessoas que conheço desde a infância.
Aprendi a ser mais eu contigo. Ou a partilhar mais facilmente tudo. Porque para lá do trabalho. Às vezes sinto necessidade de tirar 5 minutos que sejam. Tantos dias que não nos cruzamos e que te ligo, para saber de ti. Ou para chorar. Andamos choronas ultimamente...
Hoje seria fácil dizer-te que também me sinto um trapo. Mas na calma que alguém me ensinou, procuro as palavras certas para ti. Sei que tantas vezes te digo o politicamente incorrecto. Ou aquilo que supostamente os amigos não dizem. Tento suavizar a verdade que penso, sem a esconder. Sei que me ouves com atenção. Sei que também te faço falta. Hoje procurei distanciar-me de mim, dos meus medos, focar-me nos teus. Não tem sido fácil. Na minha conclusão que por mais diferentes que sejam as coisas, ninguém é completamente feliz.
Olho para ti e admiro-te. Com os sorriso lindo de miúda pequena. As barreiras que foram ao longo do tempo, ultrapassadas. Apenas te digo, mesmo que não me oiças, que apesar de tudo. Apesar do que agora te parece impossível viver. Vai ser apenas o tempo a curar as feridas. E que estou aqui, para te dar força, e o que quer que seja. Só não apagues a alegria que ao longo dos últimos meses me fui habituando a ver...
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