terça-feira, março 19, 2013



O dia passa a correr, e já não é o mesmo. Nem as montras, cheias de lembranças. As memórias. O sorriso, o teu sorriso. A tua presença, ainda que ausente.

É dia do pai, e eu perdoei quem te levou de mim. Quem te levou de nós. Choro, de quando em vez. Tenho-te em muitos sonhos. E tenho medo. Medo de me esquecer das tuas feições. Medo de não voltar nunca mais a ver-te. Medo de nunca mais te poder abraçar.

Já te disse isto, vezes sem conta. Fazes-me falta. Fazes falta a todos. Fazes uma falta incrível ao teu pai. Fazes falta aos teus amigos. Fazes falta às meninas. Fazes falta aqui...

Nunca nada nem ninguém vai preencher este vazio. E eu amo-te sempre. Para sempre. Todo o sempre...

quarta-feira, março 13, 2013

Emocionante...

... ouvir "habemus Papam"! Sem imaginar como será ao vivo. Naquele lugar mágico.

Francisco. A sorrir. O Papa Francisco...

terça-feira, março 12, 2013

Barcelona em 2007...

Parece que foi há alguns anos que me apaixonei de morte por esta cidade.

Onde tive o privilégio de voltar mais duas vezes. Onde ainda existe tanto por descobrir!

(E alguém me explique como é que tive a distinta lata de tirar fotos no Miró...)!


















Sou...



... completamente viciada em música brasileira. De todos os géneros e feitios. Das mais antigas, às mais modernas. Daquelas cheias de clichés.

Ai...

"Tou morrendo de vontade de você"!

segunda-feira, março 11, 2013

Depois...


... da Tunísia. De Valência. Do Japão. Voámos mais uma vez juntos. E corremos cantos e recantos de Barcelona em quatro dias muito cheios de sabor. 


Custa-me descrever o dia, e a sensação. Custa-me assumir que naquele edifício austero, mesmo ao cimo das escadas... ia confiante e vacilei. Quando naquela fracção de segundos, três caras me olhavam e quase sucumbi! De repente, 3 anos em revista. Pedaços do tempo em que não era eu. As minhas fragilidades expostas. O que não estava preparada para ver. Nunca. Sorrir e pensar, "como assim?" Pegar no telemóvel e dizer a medo... está aqui, o meu fantasma! Estou bem, mas não estava...

A espera. O tremer das mãos. A entrada na sala. Sem saber como ser e como estar. Aquelas palavras como que paternais. A pressão. E eu... a desfazer-me. Como em tantas outras vezes. Como em tantos outros dias. As lágrimas que já havia chorado. A falta de ar. A sensação de injustiça. A luta interior... forgive and forget. Ou ficar, e lutar mais uma vez.

Fiz por perdoar. Por mim. Pelo meu amor. Por achar que já merecíamos a paz que não tivemos em três anos. Não foi a melhor solução. Preferia ver aquele agora estranho ser mais castigado. Mais repreendido. Mas isso não apagava a minha mágoa. A minha raiva. O meu rancor.

Se disser que pesei em segundos o que para mim era melhor. A velha máxima. Nada justifica a violência do que me foi feito, o que foi destruído em mim. Na minha família. Na minha vida. Nada me pode trazer a dignidade que perdi. Beneficiei o infractor. Nunca por ele. Que ele é só aquilo que é. Um lixo humano. Mas por mim...

Virei as costas sem remorsos. Senti, vezes sem conta, que não o devia ter feito. Que devia ter continuado, agora que estava tão perto. Mas era uma luta que já não queria ter que sentir.

Avancei. Agora não sou só eu, nem estou sozinha. Pela primeira vez, uma sensação incrível de alívio. De libertação. Não mais este fantasma vai pairar na minha vida nem em mim.

Sou muito mais feliz desde o instante que desci as escadas daquele tribunal.

("Seja selectivo nas suas batalhas. Às vezes estar em paz é melhor do que estar certo"!)