21h23. Dormes ao meu lado. Os meus olhos húmidos deixam escorrer as lágrimas. Venceram-me. Uma dor tão grande, tão funda. Acompanhada de falta de ar, falta de palavras, falta de tudo.
Uma dor pequena. Ao pé daquelas da televisão. Uma dor que sendo-o não chega a sê-lo. Dor de raiva, de pena, de nada. Só dor.
Dor das palavras que ouvi um dia, do meu avô querido. Que há quatro anos não sorri como dantes. A dor dele que me disse que não havia nada pior que perder um filho. Hoje acredito mais que nunca. A minha dor semelhante, quando me lembro do meu pai...
2 mortos por dia. Jovens. 5000 famílias por ano que choram os seus filhos. E eu aqui. Uma mãe péssima que tenho sido. Sem paciência, sem tempo, sem energia. Só com amor. Sem mais nada.
Uma dor pequena demais comparada com as que vi. Mas que não passa. E que me tem destruído nos últimos dias. Sem força para nada.
Hoje arranjei uma desculpa para a minha dor. Como seria perder-te?
Dor maior...
3 comentários:
Também vi essa reportagem e emocionei-me... :( Beijinhos
Também me emocionei e chorei sózinha, na sala, ao ver essa reportagem...
Nem quero imaginar... A morte, só por si, parece-me tão dolorosa que fico triste só de pensar nela...
bjs
A minha amiga e colega perdeu um filho com 5 anos. Chamava-se Daniel. Nunca vou esquecer o funeral.
Beijinhos
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