segunda-feira, março 31, 2014

Inevitavelmente...

... as sessões de psicoterapia terminam em lágrimas. Ou assim começam. Fora da zona de conforto. A tocar nas feridas. Em todas as feridas.

Na última, como que a adivinhar-me os medos. A angústia. Pergunta-me simplesmente: "Quantos espelhos há lá em casa?" A resposta óbvia. Quando me mudei, a primeira coisa que fiz foi eliminar os espelhos. O silêncio. Um silêncio que se pede quando sou quase obrigada a reflectir sobre o que acabei de dizer!

Dizem que temos que ter uma certa empatia pela pessoa que quase nos despe a alma. Aquela pessoa que, não nos conhecendo, nos vai guiando. E nos manipula, no sentido de chegar ao caminho certo.

Ainda não encontrei o meu caminho. Sinto-me muito longe da cura. Arrumei um ou outro fantasma. Mas ainda sou aquela Vera. Da folha em branco. Aquela que vejo, e não gosto. Sem a força necessária para mudar. Em negação. Queria conseguir escrever naquela folha que mudei, e não consigo...

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