quinta-feira, janeiro 18, 2018

Ontem foi o dia de terminar o tratamento. Depois de uma noite quase sem dormir, a ansiedade de não saber se ia ou não acontecer.

Chegamos cedo, faz-se a colheita, mandam-nos voltar mais tarde. Saímos, está sol! De mão dada. Rimos. Almoçamos fora. Sushi, como gostamos tanto.

Regressamos depois. Chamam-me para a sala. Mandam despir. Ficamos sozinhos, a espera. Sei que estou nervosa. Porque o tempo não passa. Canto o que me vem à cabeça: "quem me dera ser só da cintura para cima"! Várias vezes. Rimos. Entra o médico, quando estamos a cantar e a rir. Ri-se connosco. Começa o procedimento. Tudo bem, pode avançar. E é isso mesmo... um procedimento médico. No meio de ecografias, tubos e rotinas... uma fracção de segundos... o médico pára e diz baixinho: "boa sorte". E, naquele segundo, temos todos os sonhos do mundo...

Não sabemos como vai ser. Entre o optimismo realista e o optimismo em excesso... aquele pode ter sido apenas um dia de sol. Até ao dia 2, quero acreditar que foi o dia que mudou a nossa vida...

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