segunda-feira, agosto 16, 2004

A madrinha da mamã vive muito longe daqui. Mais longe, do que o caminho que julgas distante, que te leva ao infantário onde às vezes te deixo. Tão longe, que os teus dedinhos não são suficientes para contar as horas que demomoraríamos a lá chegar. A madrinha da mamã, a tia "Imelinda", como dizes, teve uma vida carregada de coisas más, porque há homens maus. Como o Lord do Shrek, que o persegue, ao qual tu fazes feias. Lembras-te?
Por isso é que a mamã, sempre que pode, enche a madrinha de mimo. Por isso lhe telefona, tantas vezes, por isso pensa tanto nela. Porque ela, lá de longe, também sente muito a nossa falta. Por isso é que hoje decidi tirar-te fotografias, amor. Porque queria que a madrinha, ao ir-se embora lá para longe, levasse um bocadinho de ti na mão. Porque no coração já ela te trás desde que nasceste!
E tu surpreendes-me sempre, pequenina. Como que se adivinhasses as minhas vontades. Visto-te o biquini, antes de ires feliz para a praia, sento-me à tua frente, com a máquina do papá, e tiro-te fotografias sem fim. Sinto e sei que tenho que perpetuar cada momento teu, cada gesto, cada expressão. E tu, vaidosa como sempre foste, vais mudando de posição, com as mãos na cintura, e sorrindo. Porque sabes que és linda, sabes que, para onde vais, ou por onde passes, todos te contemplam. Tens brilho, filha! Tens cor! E tens a mamã mais orgulhosa do mundo...

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