Laura...

... era o nome que terias, se tivesse sido do agrado do teu pai. Um nome que adoro, um nome que não esqueço. Que ouvi hoje na rádio, quando te ía buscar. Que me fez ficar arrepiada, com lágrimas nos olhos. A Laura de olhos cor do céu, cuja mãe conhacemos tão bem, sem conhecermos. Esta Laura. Da mãe fabulosa, que mobilizou tanta gente, simplesmente para ajudar outras mães como ela. A quem nunca tive coragem de dizer uma só palavra! A mãe que talvez não imaginasse há uns meses que a exposição que organizou ganhasse esta dimensão, sendo inclusivé falada na Antena 3.

Compreendo-a, porque me apetece falar vezes sem conta das pessoas que perdi! Espero que com a exposição que conseguiu realizar, por mérito próprio, lhe traga mais descanso e felicidade. E lhe relembre mais uma vez que a filha que tanto ama e que perdeu é relembrada por tanta gente. É homenageada como merece... como merecem as pessoas que amamos e que partiram, e que sentimos falta... tanta falta... todos os dias!

A distância física não me deixa. Talvez se tivesse menos trabalho lá conseguisse ir. E gostava tanto de ir, mas não posso! Oxalá que os pais que perdem os filhos, oxalá que consigam obter a ajuda que necessitam. Deus queira que sim...