sexta-feira, maio 30, 2008

Há quase dois anos...

...iniciava uma das maiores aventuras da minha vida. Sem previsões nem expectativas. Apenas uma vontade crescente de evoluir, ou de fazer, porque sim. Conhecemo-nos. Fomos obrigados a isso. Estivemos juntos em quase tudo, quase sempre. Ora de uma forma tímida, ora mais liberta. Aprendemos a viver com as manias e os gostos de cada um. Fomos forçados a formar aquilo que não queriamos, que somos hoje, e sabe tão bem!
Há dois anos começou a desenhar-se o meu projecto actual. A minha aposta. E em dois anos vivemos quase tudo. Mais do que trabalho. Para além de tudo. Ao longo deste tempo encontrei uma família verdadeira. As pessoas que me ensinaram a ser mais eu, ou a procurar-me...
Ontem fui obrigada a despedir-me da minha equipa. Fui obrigada a fazer uma escolha que à partida parece simples. Precisei de apostar em mim, e deixar para lá as pessoas. Ontem fui abraçada, e disseram-me sem preconceitos o que gostavam de mim. Ontem combinámos (mais) um jantar. Da minha despedida. Aquele que julguei nunca ver acontecer. Ontem fizemos uma reunião informal, pouco séria, quase intimista. Repeti-me, vezes sem conta. Disse-lhes o quanto me orgulho de tudo o que temos feito. Disse-lhes que a partir de agora vão deixar de ser os melhores, porque preciso de me superar, e de os superar. Ontem não consegui chorar, como hoje! Nem agradecer tudo o que significaram para mim. Não fui capaz de lhes dizer as saudades que vou ter, a falta que sei à partida que me vão fazer. Ontem não lhes disse que os vou recordar como a melhor equipa de sempre. A mais unida. A mais engraçada. Não lhes disse que tinha sempre vontade de fazer mais, em função de todos. Que têm sido uma parte importante e significativa da minha vida. Ontem não lhes disse que lamento não poder continuar com eles. E que as coisas nunca mais vão ser da mesma forma...
Hoje tive um dia estranho, na nova "casa". Com as pessoas novas, que praticamente não conheço. Que me olham com estranheza e desconfiança à mistura. Hoje telefonei à minha "dream team" de cinco em cinco minutos, para saber como estavam, e se sentiam a minha falta. Precisei de quantificar as saudades. Hoje senti a falta das anedotas, das conversas intermináveis, do trabalho feito a correr, da quantidade absurda de cafés. Dos nossos jantares, demasiado regados. De tudo o que fizemos. As voltas na feira, as idas constantes ao cinema. A mais recente tortura que nos levou a Fátima a pé. Senti falta do quanto fui feliz, ao longo destes quase dois anos!
Guardo um sem número de coisas que tenho que lhes dizer. Talvez um dia chegue realmente a altura própria! Sobretudo o quanto lhes desejo sucesso. Muito sucesso.
(Amanhã matamos saudades em mais uma sessão interminável... o RocK in Rio espera-nos)!

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