quarta-feira, junho 20, 2007

Perante...

...a realidade, o choque. Sem saber ao certo quanto tempo estive sem dizer nada, apenas a ouvir-te! Estavas estranho, falavas pausadamente. Vezes sem conta que tentei reagir sem conseguir. Com lágrimas gordas a cairem involuntariamente. Como que um sonho que desaba. Uma expectativa que perde o sentido. A minha conhecida incapacidade para aceitar de ânimo leve a realidade. Desligo, respiro fundo. Passa em minutos. Digo-te que me dói a curto prazo. Mas que o que for bom para ti, bom será para nós. É apenas mais um contratempo que nos adia, não que termine com a vontade que tenho de estar contigo.
De tudo o que nos acontece, ensinas-me a viver mais uma vez. Ou a tirar apenas o lado positivo das coisas. Havemos de estudar alternativas. É apenas e só uma questão de tempo. Como tudo... Procuro em ti a alegria que me falta. Encontro-te desapontado. Digo-te que preciso de força. Renascem as minha incertezas. Peço-te que não me magoes. Sinto-me exposta.
Fora da nossa rotina, a horas estranhas, fazes-me rir. Fazes-me falta. Com medo que um obstáculo nos faça perder o sentido das vontades. Medo de que as dificuldades nos façam seguir caminhos opostos. Preciso apenas e só de te perguntar vezes sem conta que tens a certeza de que vai correr tudo bem, sem me passar pala cabeça o que eventualmente significará correr mal!
Estranho que esta nossa distância súbita ou a falta de horizontes me faça sentir cada vez mais perto de ti!

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