terça-feira, junho 19, 2007

Às vezes...

...pareces um cachopo pequeno! Longe daquela sensatez e calma a que me habituaste. Dou por mim a ter que ser a pessoa adulta na nossa relação, quando sou membro honorário do clube da criançada.
Às vezes não entendes o meu esforço. Nem percebes que as discussões que nunca o foram realmente não se vão repetir. Embora eu própria também tenha as minhas fraquezas e inseguranças, que vou tentando a custo camuflar. Porque sei que o tempo tudo cura, tudo resolve. Porque sei que as decisões dependem exclusivamente de nós. Dou por mim a pedir-te desculpa pelo que não fiz. Não que tenha medo. Ou talvez sim.
Perplexa com o que ouvi de ti hoje! Claro que sei que o esforço é recíproco. Se assim não fosse, nada faria sentido! Vou-me habituando a viver com as tuas mudanças, sem ter para elas uma explicação concreta. Habituei-me à tua maneira peculiar de me dizer as coisas.
Hoje... apesar de tudo. Sem tristeza, sem nada. Caem-me duas ou três lágrimas. Ando chorona, é certo. Mas eu só queria que entendesses que muito do que digo são desabafos. Muitas vezes, pensamentos ditos em voz alta, que nada têm de ofensivo. Em nada são contra o que quero e acredito. Vais-me fazendo crescer devagar. Sem saber se quero. Sei só que não quero, por ti, deixar de ser espontânea, ou ser menos eu. E a ti, como hoje... de vez em quando cai o pano e vais revelando mais um ou outro ponto fraco.
Se estou contigo, é porque acredito...