segunda-feira, maio 08, 2006

Na madrugada de Domingo choravas com mais um pesadelo, sem te conseguir acalmar. Peguei-te ao colo, tentando sossegar-te, falava-te baixinho e nada resultava. Perguntei-te se me querias dar o presente do dia da Mãe e resultou. Abriste mais os olhos, e ficaste calma. Fui buscar o embrulho e deixei-te abrir, enquanto me olhavas expectante. Elogiei o teu trabalho, experimentei, lemos o verso, vimos o desenho e adormeceste, extenuada, com cara de anjo. Com um sorriso de paz... Fiquei a ver-te, a dormir e a sorrir, e a pensar e a agradecer a Deus por te ter. Por fazeres parte de mim. Por me permitires ser tua mãe. Por te ter conhecido. Por ser mais rica, mesmo quando não o sinto. E orgulhei-me. De ser uma mãe, tantas vezes ausente, ou impaciente, inconsequente. De ceder demais, de não te contrariar, de esperar sempre o melhor de ti. Que esperes o melhor de mim, mesmo que não o consiga proporcionar. Orgulhei-me do sem número de erros que cometi, da falta que te faço, tantas vezes.
Às vezes vejo-te tão perfeita que tenho a certeza de que és um anjo. Sem asas. Que eu recebi, mesmo sem merecer...

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois eu, ás vezes temo pela obcessão que tenho pelas minhas filhas... as vezes chego a achar que não é saudavel amar assim...

Encontrei-me nas tuas palavras ( mais uma vez...) também eu me acho uma eleita por Deus por me ter enviado a Bruna e a Ema.

E sabes que mais??? Se nós fomos as eleitas para tal presente,não foi em vão, garanto-te... elas vieram para nos ensinar... a amar incondicionalmente... essa é que é a verdade!

Bjinhos e boa semana

Sandra Brema