domingo, abril 22, 2007

Apetece-me...

... gritar que me deixem em paz, para ver se alguém percebe! Que estou nos meus limites! Ou que já os ultrapassei! Uns terão razão, mais do que outros. Eu sei quem a tem, sei o que vivi nos últimos anos. Sei que obriguei, sem saber porquê, os outros a assistirem a situações que nunca deveriam ter acontecido. E para mim chega. Daí o meu ponto final. A minha indiferença. Quando todos os dias continuo a ser ameaçada, e perseguida. Quando aquela pessoa ainda diz que não quer nada comigo, como se alguma vez mais isso me passasse pela cabeça. Para mim chega de dependência, de doenças, de maus tratos. Chega...

Por isso agora, independentemente do que se tem ou não passado, precisava de paz. Aos poucos, estou a tentar erguer-me, a tentar gostar mais de mim! Estou a tentar aprender com os erros que cometi no passado, a tentar que os erros que foram cometidos comigo não se repitam, e sinto que não sei nada! Sinto-me melhor. Sinto que me queria libertar. Que não queria ouvir o telemóvel a tocar a toda a hora, nem o fixo, nem o do trabalho, como já aconteceu. Sinto que não queria mensagens no mail, nem no messenger, nem no hi5, nem recados. Sinto-me presa dentro da minha própria casa, quando até o meu blog tive que bloquear. Como se tivesse feito mal a alguém. Porque isto pode parecer estranho aos olhos de quem não nos conhece. Mas é tão verdadeiro para as pessoas que nos rodeiam!

Daí as minhas opções. Foi talvez preciso vir alguém que passou anos e anos a dizer que me amava, sem eu nunca ter olhado com olhos de ver. Foi preciso, não sei porquê, ter o impulso de voltar a falar com essa pessoa, e ter muito a medo deixado as coisas acontecerem sem fazer nada em contrário. Hoje sei que por mais que me engane no que diz respeito à minha actual relação, que valeu pela minha liberdade. Ou libertação. Valeu por me fazer voltar a acreditar no amor, e nas coisas boas. Valeu por me fazer suspirar, e rir, e chorar, e discutir. Vale todos os dias por saber que estou viva. E que ele está para mim, aqui, ou na China, seja quando for.

Por isso quando me pedes que tenha paciência, e que acredite em ti é tão difícil. Tudo na vida tem uma explicação. Tu, melhor do que as ninguém, conheces as minhas! Sabes o que já perdi, o quanto não estou preparada para voltar a perder! Sabes que apesar da minha dificuldade em quebrar o gelo, me tens desde aqueles dias, de coração aberto. Sabes o que me custa reconhecer as fragilidades! Sabes o que me tem custado retomar uma vida normal. Perdoa-me o excesso de zelo. Oxalá que um dia se confirme que era eu que estava errada! A única coisa que te peço é que reconheças que tenho feito tudo o que está ao meu alcance. E que tenho estado ao teu lado. E que, se em alguns momentos me sentes fraquejar, é porque as circunstâncias assim me têm levado. Porque o sentimento mantém-se, e floresce, e cresce. E as certezas também...

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