segunda-feira, janeiro 14, 2008

Cansada...

De invasões que não quero. Que ficam gravadas no meu pc para memória futura. Cansada que investiguem a minha vida em motores de busca. Que o façam com o meu nome. Que procurem renascer os fantasmas onde não existem. Em nome de uma felicidade que se apregoa e não se tem! Cansada que me sintam como uma ameaça, quando me limito a estar. Aqui. Sozinha...
Eu só queria viver sossegada. Sem me sentir assim, presa. A um passado que não quero repetir. Sem me sentir vigiada. Como se cada frase que dissesse merecesse ser lida nas entrelinhas, ou traduzida. Como se cada episódio da minha vida tivesse que ser meticulosamente estudado, para ter a certeza de que não mexe com as vidas dos outros.
Sempre fui transparente. Tive os meus momentos. Já gostei desesperadamente. Já acreditei numa realidade impossível. Já chorei (quase) tudo o que havia para chorar! Hoje estou mais calma. Já não acredito nos sonhos. Acredito sim, sem forçar, que recebemos sempre aquilo que para nós está guardado. Que temos a nossa vontade própria, que fazemos escolhas que nos influenciam os dias. Mas que não seremos capaz de lutar contra determinadas realidades. Que por mais que seja um desejo nosso, nem sempre tudo o que queremos está ao nosso alcance. Sobretudo, que amar muito não justifica tudo. Nem desculpa tudo. Que é preciso ter noção de que existe uma linha muito ténue entre o amor que temos pelos outros e o nosso amor próprio! Que nunca vamos ser capazes de manter connosco alguém que tem asas para voar, mesmo que seja essa a nossa ilusão!
Sou muito transparente, mas não serei exactamente idiota. E se há coisas que não gosto é que subestimem a minha inteligência...

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