Desde que nasceste que me tornei mais sensível a determinado tipo de coisas. Não sei se há ou não explicação científica, não sei dizer o que mudou em mim, sei que me vejo vezes sem conta a chorar (qual madalena arrependida), pelo que me dizem, pelo que vejo ou por coisa nenhuma!
Depois os comentários de sempre. Quando chego a qualquer lado onde não me conhecem e tenho que me apresentar, a conversa pára sempre no mesmo. Tenho 24 anos (por pouco tempo, mas enfim), e uma filha com quase 4. Fui mãe muito cedo. Parece que existe, não sei porquê, uma idade mais própria. Pois. Ainda estudava. Sim. Deixei de sair, como saía, de ir ao cinema, de jantar fora. Deixei o meu mundo. Passei a partilhá-lo. Não. Não tinha maturidade suficiente para ser mãe. Nem quando tiver 50 anos. Nunca estaria suficientemente preparada para a maternidade. Não sou as mães das revistas. Não sou perfeita. Longe disso...
Por isso este é um tema difícil para mim. Sei que não sou a única a ter os meus medos, as minhas angústias. Não sou a única a sentir-me sozinha. Não sou a única que enfrentou problemas. A acrescentar o facto de que nunca estive sozinha. Sempre tive o amor do teu pai, a compreensão e a ajuda permanente da nossa família. Nunca nos faltou nada. Cometemos, em nome da tua existência, muitos excessos. É só aí que sou diferente de todas as mulheres que vi, num destes dias, na televisão. Mulheres que frequentam uma Associação em Lisboa, onde recebem tudo o que não têm em casa. Ou mesmo a própria casa. Onde têm uma gravidez digna do nome, onde são ensinadas a criar os filhos, a ter uma profissão, onde lhes é dado apoio psicológico. Onde são ajudadas nas tarefas diárias, onde são esclarecidas as dúvidas. Onde recebem amor. Adultas e adolescentes. Sem idade marcada...
É tão fácil ajudar a AJUDA DE MÃE. Para além de me ter feito sócia por quase nada, num destes dias espero poder passar por lá e deixar algumas coisas que a ti já não fazem falta...
Depois os comentários de sempre. Quando chego a qualquer lado onde não me conhecem e tenho que me apresentar, a conversa pára sempre no mesmo. Tenho 24 anos (por pouco tempo, mas enfim), e uma filha com quase 4. Fui mãe muito cedo. Parece que existe, não sei porquê, uma idade mais própria. Pois. Ainda estudava. Sim. Deixei de sair, como saía, de ir ao cinema, de jantar fora. Deixei o meu mundo. Passei a partilhá-lo. Não. Não tinha maturidade suficiente para ser mãe. Nem quando tiver 50 anos. Nunca estaria suficientemente preparada para a maternidade. Não sou as mães das revistas. Não sou perfeita. Longe disso...
Por isso este é um tema difícil para mim. Sei que não sou a única a ter os meus medos, as minhas angústias. Não sou a única a sentir-me sozinha. Não sou a única que enfrentou problemas. A acrescentar o facto de que nunca estive sozinha. Sempre tive o amor do teu pai, a compreensão e a ajuda permanente da nossa família. Nunca nos faltou nada. Cometemos, em nome da tua existência, muitos excessos. É só aí que sou diferente de todas as mulheres que vi, num destes dias, na televisão. Mulheres que frequentam uma Associação em Lisboa, onde recebem tudo o que não têm em casa. Ou mesmo a própria casa. Onde têm uma gravidez digna do nome, onde são ensinadas a criar os filhos, a ter uma profissão, onde lhes é dado apoio psicológico. Onde são ajudadas nas tarefas diárias, onde são esclarecidas as dúvidas. Onde recebem amor. Adultas e adolescentes. Sem idade marcada...
É tão fácil ajudar a AJUDA DE MÃE. Para além de me ter feito sócia por quase nada, num destes dias espero poder passar por lá e deixar algumas coisas que a ti já não fazem falta...
2 comentários:
Essas dúvidas sobre ser ou não ser 1 boa mãe, ter ou não ter idade, estabilidade ou outra "coisa" qualquer são plausíveis e posso-te dizer que se as tens é porque efectivamente és boa mãe. Sei tudo e mais alguma coisa sobre cuidar 1 criança. Quando for a minha vou estar preparada para o 1º banho, a 1ª refeição (de biberon - oxalá não), a 1ª muda de fraldas, lidar com o cordão umbilical... dava um testamento, acredita (e bem o sabes) e não é por isso que tenho os meus receios em relação a isso e muito mais. Amor vai ter de certeza, agora se a vou educar da melhor forma, não sei... ninguém sabe. Cada criança é especial, diferente. E ficava aqui horas a divagar.
1 beijinho enorme para alguém que além de tudo, aos seus 20 anos, optou pela vida. (começam a ser aves raras).
Ah, quanto à "liberdade" que perdemos, perdi-a por outros motivos e com elas as amizades. Pelo menos tu tens 1 compensação: 1 sorriso ao deitar e ao levantar.
Vera... digo-te primeiro que tudo que se perdermos tempo a pensar na melhor idade para ser mãe, acabamos por deixar passar o tempo. Eu também sou mãe, à 13 lindos mesinhos. O Gabriel foi uma benção. Não foi planeado mas é muito e muito e muito amado.
Eu já tinha trabalhado num infantário e achava que conseguia lidar com um bébé. Mas enganei-me. Os filhos das outras são mais fáceis de lidar porque se choram, se caem, se não dormem, se têm febre nós não entramos em pãnico e o nosso coração não fica tão pequenino que quase não respiramos. Eu aprendi a amar infinitamente no dia em que ele nasceu e não estava preparada para isso.
Gostava que visitasses o meu blog e conhecesses o meu picaxu. http://omeupicaxu.blogspot.com/
Em relacção à Ajuda de Mãe, eu só conhecia a Ajuda de berço e tenho enviado para lá algumas coisas do Gabriel. Isto também faz parte da aprendizagem da maternidade, a palavra PARTILHA.
Muitas felicidades para ti e para a tua família.
Até sempre
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