Lembro-me de ser da tua idade e ficar revoltada quando me batiam. De achar que não me deixavam crescer como eu queria, de brincar ao que queria, de comer o que queria. Mais tarde lembro-me de pensar que nunca iria, quando mãe, cometer certos erros que tinham cometido comigo. Ou aquilo que eu achava serem erros!
Agora sei que pouca coisa mudou, desde os tempos da minha educação. Pouca coisa mudou, porque fazes birras que não compreendo, choras sem motivo, fazes o contrário do que te digo. Quase sempre. Eu. Que queria ver-te crescer sem problemas. Que tinha a ousadia de pensar que ía ser fácil. Que achava que o diálogo resolvia todos os males do mundo. Eu. Que ainda ontem à noite te vi adormecer a chorar, depois da palmada dada na hora certa. Que chorei contigo baixinho, por me sentir incapaz de te educar.
Dou por mim, vezes sem conta, a ver-te dormir e a dar razão aos meus pais...
2 comentários:
É triste admitir, mas é verdade.
Se bem que eu levava muito, mesmo.
Bjos
olá outra vez. Por vezes dou por mim a ler as tuas passagens e a pensar: "onde é que eu já ouvi isto?" No dia em que fui mãe do meu anjinho, porque ele não estava comigo, chorei a noite toda. Agora, tal como tu, choro baixinho ao lado da cama dele porque descobri que afinal não é fácil.
Mas acredita que para eles nós somos as melhores mães do mundo. Consegues ver isso no sorriso da tua filhota!
Bjinhos
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